sábado, fevereiro 29, 2020

Sinte-PI rejeita proposta do governo e professores continuam greve

Segundo Paulina Almeida, presidente do Sinte-PI, a proposta apresentada pelo Governo do Estado não atende as reivindicações da categoria.
Representantes do Sinte-PI realizam coletiva sobre greve geral. Foto: Kelvyn Coutinho/Viagora
Na manhã da última quinta-feira, 27 de fevereiro, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica Pública do Estado do Piauí (Sinte-PI) realizou uma reunião com afiliados e a imprensa para relatar a situação e os encaminhamentos da greve geral, que já se encontra no seu 19º dia.

Em entrevista coletiva, a professora Paulina Almeida, presidente do Sinte-PI, afirmou que greve dos professores é legal e que só cessará com uma proposta equivalente às reivindicações da categoria.
Professora Paulina Almeida, presidente do Sinte-PI. Foto: Kelvyn Coutinho/Viagora
“Infelizmente, o Governo do Estado nos empurra para uma greve todos os anos, quando não respeita aquilo que nós estamos cobrando, que é simplesmente a valorização no que diz a Lei. A proposta que foi enviada à Alepi e nos foi apresentada, ela não diz nada. É uma proposta que não atende às expectativas da categoria, porque é uma proposta referente ao percentual do ano de 2019, ainda com a condicionante da Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse.

A presidente ainda criticou declarações de representantes do Governo do Estado, de que as greves estariam provocando evasão nas escolas piauienses.
“O que tira dinheiro do Fundeb e os alunos das escolas é a falta de respeito com o trabalhador e a sociedade piauiense. É a falta de merenda escolar, é a falta de transporte escolar, é o desrespeito com os trabalhadores quando não deferem nossas aposentadorias, as nossas promoções, e não propõe reajuste nenhum para a nossa categoria”, comentou.
Questionada sobre comentários do governo de que os profissionais da educação já recebiam acima do piso nacional, Paulina Almeida afirmou que considera “um absurdo”.
“Falta verdade nessa informação. Todos os piauienses e a classe trabalhadora sabem que no ano de 2012, o gestor da época incorporou ao nosso vencimento a regência de classe e a nossa progressão, então juntou tudo e deu o vencimento que temos hoje. De acordo com a Lei nº 11.738/2008 não pode ser incorporada a outros ganhos, a outros penduricalhos. Vencimento é vencimento, não se junta a outras coisas para se dar o piso”, declarou.
Kelvyn Coutinho/Viagora | Edição: Jornal da Parnaíba

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