Até 2023 o Piauí terá, pelo menos, 21 GW de capacidade eólica instalada.
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Presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia Gannoum. |
Por
causa da qualidade dos ventos, o Piauí possui atualmente 60 parques de produção
de energia eólica, com 1,6 GW de capacidade eólica instalada, informou a
presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), Elbia
Gannoum. A executiva disse que os parques eólicos piauienses ficam localizados
nos municípios de Parnaíba, Simões, Caldeirão Grande do Piauí, Marcolândia,
Curral Novo do Piauí, Lagoa do Barro do Piauí e Ilha Grande.
Elbia
explica que as empresas escolheram o Piauí para a implantação de seus parques
de energia eólica por causa da qualidade dos ventos, mensurada após medições
constantes. “O principal motivo que faz uma empresa escolher implantar um
parque eólico é a qualidade do vento na região. Após medições constantes, as
empresas avaliam os dados para, então, poder fazer uma análise de viabilidade
do projeto”, adiantou a presidente da ABEEólica.
Conforme Elbia Gannoum, a energia eólica tem uma trajetória virtuosa de
crescimento sustentável no Brasil, compatível com o desenvolvimento de uma
indústria que foi criada praticamente do zero no país, o que foi o grande
desafio deste período. De 2010 a 2018, o investimento no setor foi de US$ 31,2
bilhões. Há dez anos, lembra Elbia Gannoum, o país tinha pouco mais de 0,6 GW
instalados, e neste segundo semestre de 2019 está com 15,1 GW de capacidade
instalada em mais 600 parques e com 7.500 aerogeradores em operação.
Elbia Gannoum informou que a energia eólica já é hoje a segunda fonte da matriz
elétrica brasileira.“Até 2023 teremos, pelo menos, 21 GW de capacidade
instalada. Digo pelo menos porque este valor contém apenas as quantidades dos
leilões já realizados no mercado regulado. O mercado livre vem crescendo muito
também e impacta nestas previsões, aumentando os valores”, falou Elbia Gannoum.
No ano passado, por exemplo, o setor fechou mais contratos no mercado livre do
que no regulado, pela primeira vez. Em 2018, nos leilões foram viabilizados
1,25 GW de nova capacidade instalada eólica, enquanto o mercado livre negociou
mais de 2 GW. “O futuro, portanto, é promissor para a fonte eólica. No caso
específico do Piauí, o Estado possui 60 parques eólicos, com 1,6 GW
de capacidade eólica instalada”, fala Elbia Gannoum. Segundo ela, de 2011 a
2018, já foram investidos mais de US$ 30 bilhões.
“Safra
dos Ventos”
Os investimentos futuros dependem dos próximos leilões. No caso do leilão A-4,
realizado em junho de 2019, os projetos eólicos vendidos no leilão significam
novos investimentos de mais de R$ 532 milhões em contratos de 20 anos, com entrega
prevista para 2023. As usinas eólicas contratadas nesse leilão estão
localizadas no Estado do Piauí, com dois projetos com capacidade
instalada em 74,2 MW, e Rio Grande do Norte, com um projeto com capacidade de
21 MW. Elbia Gannoum declara que a energia eólica tem batido recordes atrás de
recordes no Brasil. Durante o período chamado “Safra dos Ventos”, por exemplo,
há dias em que mais de 80% da energia do Nordeste vem de eólicas.
No dia 6 de setembro deste ano ocorreu novo recorde de geração eólica no
Subsistema Nordeste. Naquele dia, a geração média diária foi de 8.722 Mwmed,
com fator de capacidade de 74%, atendendo a 87% da demanda do Nordeste.
“Se considerarmos os recordes nacionais, já chegamos a 14% de atendimento do
país. Vale mencionar também que, por diversos períodos, o Nordeste tem assumido
a figura de exportador de energia, uma realidade totalmente oposta ao histórico
do submercado que é por natureza importador de energia”, falou a presidente
Elbia Gannoum.
Elbia Gannoum acredita que todo o crescimento já alcançado, assim como o que
ainda deve ocorrer, é muito importante quando discutimos transição energética.
O Brasil possui uma das matrizes elétricas mais limpas do mundo, com mais de
80% de fontes renováveis. O país também se destaca na produção e consumo de
combustíveis, já que cerca de 43,2% da sua matriz energética é renovável,
enquanto no resto do mundo esse percentual é de menos de 20%.
“Isso não significa, no entanto, que não temos trabalho a fazer. Temos. E
muito. Com a tendência de eletrificação cada vez maior, sendo os veículos
elétricos uma parte disso, é fundamental que as fontes renováveis de baixo
impacto, como é o caso da eólica e solar, continuem a crescer”, falou Elbia
Gannoum.
Omega
investe R$ 900 milhões e produz 754 Gigawatts
Fundada
em 2008, a Omega Energia é uma companhia brasileira que investe em energia
limpa e renovável, criando valor tangível para todos os seus stakeholders.
Presente em seis estados, a companhia detém um portfólio com capacidade
instalada de 1.047,7 MW e após a conclusão das incorporações de Delta 7 e Delta
8, no Maranhão, deverá atingir 1.144,9 MW.
A
Omega acredita na atuação empresarial baseada na sustentabilidade e em seu
papel como transformador construtivo dos territórios onde atua. Com isso, a
Companhia direciona seus investimentos sociais e ambientais para projetos que
contribuam com o desenvolvimento econômico e socioambiental desses territórios
e que auxiliem na implantação de políticas públicas e de sustentabilidade,
construindo relações efetivamente positivas com as comunidades vizinhas.
Instalada nos municípios de Parnaíba e Ilha Grande (346 km de Teresina), a
Omega está presente no Piauí desde 2012 e gera anualmente 754GWH de energia com
o funcionamento dos parques Delta 1 e Delta 2, que entraram em operação
comercial em julho de 2014 e agosto de 2016.
Com um investimento inicial de R$ 900 milhões, o parque está situado em uma
área total de 5.071 hectares com 69 aerogeradores, capazes de gerar 144,8 MW.
Aproveitando o grande potencial do Estado para geração de energia limpa
e renovável, a Omega mantém na equipe de manutenção do parque 34 pessoas, sendo
21 destas pessoas da própria região de Parnaíba e Ilha Grande.
A atuação social da Omega se estende à comunidade, com a construção do Centro
de Educação Janela para o Mundo, em janeiro de 2017, em Ilha Grande de Santa
Isabel – na Comunidade do Labino. O Centro conta com uma estrutura de 2 salas
de aulas, sendo 1 sala de informática, além de um espaço de convivência
comunitária para realização de atividades. Os cursos são gratuitos e a Omega
fornece todo material didático necessário para o desenvolvimento das atividades
pedagógicas no Centro. Todos os cursos oferecidos seguem modalidade de educação
não-formal, de duração variável, e enquadram-se na modalidade de cursos livres.
Em 2018, o Centro atendeu 130 alunos distribuídos em turmas de 5 cursos:
Inglês, Informática básica, Aprendizagem em saúde, Recepção de meios de
hospedagem, e Apoio ao aprendizado, com aulas de Matemática e Português para
alunos do 3º ao 9º anos do Ensino Fundamental.
Por
Waldelúcio Barbosa/MN | Edição: José Wilson / Jornal da Parnaíba
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