Um
dos patrimônios do Piauí, o Cajueiro Rei, corre o risco de perder o seu
"reinado".
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O Cajueiro Rei possui 8.832 metros quadrados de extensão (Foto: Folha de S. Paulo) |
Tido
como o maior cajueiro do mundo, o Cajueiro Rei, até então noticiado pela mídia
como um dos patrimônios do Piauí, encontra-se abandonado, atualmente.
O
local está sujo e sem nenhuma estrutura para receber os poucos turistas que
ainda visitam o local. A Secretaria Estadual de Turismo (SETUR) pelo que se
visualiza ainda não contemplou o citado cajueiro como um bom investimento para
o turismo regional. Por outro lado, a Prefeitura de Cajueiro da Praia também
ainda não possui um projeto em andamento para o Cajueiro Rei. Sobre a SETUR,
falta interesse ou recursos para o cajueiro? Fica o espaço aberto para a pasta
e para a Prefeitura de Cajueiro da Praia se pronunciarem.
A
triste realidade a qual se encontra o cajueiro gigante, localizado no município
de Cajueiro da Praia, há 380 km de Teresina, é na verdade apenas um exemplo de
tantas outras atrações turísticas brasileiras, que foram desprezadas pelo poder
público.
Agrande
questão é que o 'Cajueiro Rei', é na verdade um patrimônio, não apenas do
Piauí, mas do Brasil, e por que não, do mundo. Assim, seria interessante o
envolvimento de todas as esferas de governo na sua promoção nacional e mundial.
Pesquisa
comprova que o Piauí tem o maior cajueiro do mundo
Uma
pesquisa científica elaborada pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI),
publicada em um periódico científico internacional, concluiu que o cajueiro do
Piauí possui realmente uma área superior ao concorrente de Pirangi-RN (até
então considerado o maior cajueiro do mundo, segundo o Guiness Book). De acordo
com o estudo, o Cajueiro Rei possui 8.832 metros quadrados de extensão. Uma
reportagem do 'Programão' da TV Clube comparou o cajueiro com o campo do
Estádio Albertão, em Teresina-PI. Na comparação o 'gigante' supera o campo de
futebol do Albertão. Nesse momento, o Cajueiro Rei ainda aguarda ser incluído
no Guiness Book, o livro dos recordes. O protocolo no Guiness dependia da
conclusão da pesquisa científica, pelo menos é o que se comentava antes do Governo
do Estado encomendar da UESPI a realização do mesmo. Enquanto isso, o potiguar
continua com o recorde, que foi concedido à Pirangi no ano de 1995.
Um
gigante de valor histórico é a maior árvore frutífera do mundo
O
que também impressiona é o fato de que o Cajueiro Rei deve possuir cerca de 200
anos de existência. O estudo não observou a idade da árvore, no entanto,
moradores mais antigos da comunidade confirmam que o cajueiro realmente é
bicentenário. Inclusive, relata-se que já foram achados embaixo dos galhos do
cajueiro inúmeros vestígios arqueológicos.
O
Cajueiro Rei é sem sombras de dúvidas de um grande potencial para o Piauí,
turístico e economicamente. Sendo assim, por que não se investir em um
patrimônio como tal. Afinal de contas, todos podem sair beneficiados com a
consolidação desse atrativo, desde a comunidade até o poder público.
Contudo,
o que não se pode é desconsiderar que o Piauí, além da Serra da Capivara e do
Delta do Parnaíba, também possui o maior cajueiro vivo do mundo em seu solo. Um
patrimônio que precisa de uma maior atenção da sociedade civil e dos governos,
especialmente, para que a identidade local seja preservada, o turismo se
desenvolva gerando emprego e renda para os moradores e para que o Brasil e o
mundo incluía essa região do Piauí como um dos seus destinos.
Por: Gilmar
Araujo/R10 | Edição: Jornal da Parnaíba
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