Operação investiga esquema de fraude em notas fiscais e processos
licitatórios de prefeituras.
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MPPI prendeu oito pessoas na 3ª fase da operação escamoteamento (Foto: Divulgação/PRF) |
O Tribunal de Justiça do Piauí determinou a conversão da prisão
temporária do empresário Francisco Fausto de Oliveira Neto em preventiva. Ele é
uma das oito pessoas presas na 3ª fase da Operação Escamoteamento, que
investiga um esquema de fraude em notas fiscais e processos licitatórios de
prefeituras. A decisão, do juiz Carlos Augusto Arantes Júnior, da Vara única da
Comarca de Cocal, foi publicada na sexta-feira (7).
Na decisão, o juiz afirma que o empresário foi objeto de investigação
“que concluiu que de forma organizada, empresas sem qualquer capacidade
operacional foram beneficiárias de licitações fraudulentas, inclusive
simuladas, e posteriormente, teriam fornecido notas fiscais de serviços sem sua
correspondente e adequada contraprestação”.
Francisco Fausto de Oliveira Neto está preso na Casa de Custódia de
Teresina e deverá permanecer na unidade prisional à disposição do Grupo de
Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MP-PI, que pode
solicitar depoimento dele durante o período de investigação.
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Ex-prefeito Bernildo Duarte Val foi preso na Operação Escamoteamento (Foto: Reprodução/TV Clube) |
Operação Escamoteamento
A operação chegou à sua 3ª fase no dia 23 de agosto quando oito pessoas
foram presas, dentre elas o ex-prefeito de Buriti dos Lopes, Bernildo
Duarte Val, e o irmão dele, o ex-vereador Juscelino Val. Na ocasião, o MP-PI
solicitou o bloqueio de R$ 8.388.822,64 de bens dos investigados, que seria o
total de prejuízo aos cofres públicos.
Segundo o órgão, este desdobramento da operação partiu das
investigações da segunda fase, principalmente do depoimento de Ana Carolina
Portela, empresária do Ceará presa durante a primeira fase da operação e que
contribuiu com as investigações. O Gaeco estimou que quase R$ 8,5 milhões em
recursos públicos foram desviados pelo esquema entre 2013 e 2016.
Cinco alvos da operação continuam foragidos: os empresários José Sidney
Dourado, Ícaro Rafael Arruda e Lindomar Sousa Nunes, irmão dos presos Jansen e
Gerlan; e o homem apontado como operador do esquema, Carlos Kenede Fortuna
Araújo.
Por Lucas Marreiros/G1 PI | Edição: Jornal da Parnaíba
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