As Defensoras Públicas Dra. Sara Maria Araújo Melo, Titular da 1ª
Defensoria Pública do Idoso e Dra. Sarah Vieira Miranda Lages Cavalcanti,
Titular da 2ª Defensoria Pública do Idoso, iniciaram nesta sexta-feira (20),
pelo Abrigo São Lucas, as atividades do Plano de Monitoramento e Ação
Defensorial em Prol dos Idosos em Situação de Abrigamento no Piauí.
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Abrigo São José, em Parnaíba |
O Plano, executado pelo Núcleo Especializado do idoso e da Pessoa com
Deficiência da DPE-PI, prevê visitas aos abrigos de idosos de Teresina e
Parnaíba, obedecendo a um cronograma que será finalizado no mês de outubro do
corrente ano. Além do Abrigo São Lucas, serão monitorados a Vila do
Ancião, Casa Frederico Ozanam, Abrigo Manaim, Casa São José, Casa Santana e
Abrigo São José, sendo este último no município de Parnaíba.
“Sair do Gabinete e vir exercer um trabalho dentro de um abrigo de
idosos, para nós que somos um Núcleo de Defesa, é uma experiência excepcional,
tanto por nos possibilitar vivenciar mais de perto a realidade dos idosos
seja para identificação de suas prementes necessidades, em especial aquelas que
podem ter atuação imediata da DPE. Algo que percebemos de imediato ao buscar
preencher a ficha é que a grande maioria desses idosos não consegue fornecer
informações básicas a seu respeito. Outros não têm mais independência,
seja por deficiência física ou mental, uma realidade muitas vezes desconhecida.
Será uma experiência muito enriquecedora não só como Defensora Pública, mas
também como pessoa, assim como para nossos estagiários e toda equipe que está
integrada nessa ação”, afirma Dra. Sara Melo.
Dra. Sarah Miranda também destacou a relevância da atividade. “Essa
visita faz parte do Plano de Ação e Monitoramento, para avaliar como está s
situação do abrigamento no Piauí. Estamos iniciando pelo Abrigo São Lucas
dentro desse projeto onde queremos conhecer o perfil do idoso que está em
situação de abrigamento, os motivos que estão levando as pessoas a serem
abrigadas, perceber se a Defensoria pode atuar para fortalecer os laços
familiares e evitar assim a situação do abrigamento. Vamos ainda ver o grau de
escolaridade, se o público é mais feminino ou o masculino, diagnosticar
situações de violência se for o caso, ver se estão com empréstimo consignado,
se têm alguma ação que a Defensoria possa realizar em relação a
sub-registro e verificar quais as principais deficiências dentro do
a brigo, como a questão de acessibilidade, se tudo está adaptado para receber o
idoso. A gente vem com esse olhar, de sair do Gabinete para vir conhecer o
nosso público. Ver se há alguma necessidade da Defensoria ajuizar alguma ação
em prol desses assistidos. Vamos coletar dados e publicar essa pesquisa,
tentando atuar nessa área do abrigamento, observar se ele pode ser uma
exceção ou se tem sido uma regra e, nesse caso, o que a Defensoria pode fazer
para evitar maior número de abrigados”, diz a Defensora.
“Esse monitoramento será fundamental para que a Defensoria Pública
possa implementar ações voltadas para a garantia de direitos dos idosos que se
encontram em situação de abrigamento, a maioria dos quais possui o perfil do
público-alvo da Instituição. Temos certeza que com a dedicação das Dras. Sara
Miranda e Sara Melo, em conjunto com a equipe do Núcleo do Idoso,
chegaremos a um resultado satisfatório, capaz de reverter qualquer situação
inadequada em que se encontrem esses idosos, podendo contribuir para melhorar a
qualidade de vida dos que realmente têm no abrigamento a única opção”, afirma a
Defensora Pública Geral, Dra. Francisca Hildeth Leal Evangelistas Nunes
Jornal
da Parnaíba
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