A Pure Resorts é responsável pela construção de um
resort de luxo e um residencial em Parnaíba; certificado custaria R$ 1.100
Foto ilustrativa |
A Pure Resorts, responsável pela construção de um
resort de luxo e um residencial em Parnaíba, estaria comprando certificados de
corretor imobiliário para seus funcionários. O documento é uma exigência para
adquirir o registro profissional no Conselho Regional de Corretores de Imóveis
do Piauí.
De acordo com a denúncia, pelo menos quatro pessoas
adquiriram o certificado falso, no valor de R$ 1.100,00. A venda seria feita
pelo Sistema Augusto de Educação Integrada (SAEI), do Rio de Janeiro, que
oferece o curso à distância de Técnico em Transações Imobiliárias.
Em um áudio enviado ao Portal ODIA, o suposto
responsável pela venda ilegal explica como funciona o esquema. “Você me envia a
documentação por Sedex. Em 10 dias vai estar pronto o certificado de conclusão
do curso e o diploma. Aí eu mando de volta já com o registro do Sistec (Sistema
do Ministério da Educação) e você dá entrada no Creci como corretor. Já pega a
carteira definitiva”, diz o homem.
Segundo Danilo Araújo, agente fiscal do Creci, a
denúncia sobre venda ilegal de certificados deverá ser encaminhada ao Conselho
Federal de Corretores Imobiliários. “Caso fique comprovado que os documentos
apresentados ao Creci são falsos, as pessoas estão sujeitas a perderem seus
registros”, disse Danilo.
Nilton Filho, coordenador dos cursos técnicos do
SAEI, nega a venda ilegal de certificados. Ele afirma que fecha contratos com
grandes empresas para que os seus funcionários façam o curso de corretores,
porém é exigida a aprovação nos testes e um estágio, que é considerado por ele
como o mais importante. “Aqui, ninguém compra diploma”, assegura.
A assessoria jurídica da Pure Resorts nega as
acusações, destacando que a empresa idônea e executa suas atividades dentro das
legalidades impostas pelo regimento brasileiro. “Ressaltamos que o Creci merece
total credibilidade, posto que também constatou a veracidade dos documentos
apresentados para a regulamentação dos operadores de serviço de corretagem”.
Por: Nayara Felizardo / Cidade Verde
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