Guido Mantega foi ministro da Fazenda e ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão do Governo Lula e Ministro da Fazenda do governo Dilma Roursseff
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Ex-ministro da Fazenda dos governos Lula e Dilma Guido Mantega |
O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi alvo de
condução coercitiva (quando a pessoa é levada a depor e depois é liberada) na
nova fase da Operação Zelotes, deflagrada nesta segunda-feira (9) pela Polícia
Federal.
A condução de Mantega foi autorizada pela Justiça
Federal. Investigadores da Zelotes querem apurar a ligação de Mantega com
empresa que é suspeita de comprar decisões do Conselho Administrativo de
Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Fazenda.
Ainda segundo os investigadores, Mantega foi citado
por suspeitos investigados na operação como amigo de um dos alvos da fase
deflagrada nesta segunda-feira. A atua etapa da Zelotes tem como um dos
principais alvos a empresa Cimento Penha, suspeita de comprar decisões do Carf.
Histórico
A Zelotes foi deflagrada há um ano, em março de 2015. Inicialmente, o alvo da operação era o esquema de fraudes nos julgamentos do Carf.
A Zelotes foi deflagrada há um ano, em março de 2015. Inicialmente, o alvo da operação era o esquema de fraudes nos julgamentos do Carf.
Segundo as apurações, conselheiros suspeitos de
integrar o esquema criminoso passavam informações privilegiadas de dentro do
Carf para escritórios de assessoria, consultoria ou advocacia.
Esses escritórios, de acordo com os investigadores,
procuravam empresas multadas pela Receita Federal e prometiam controlar o
resultado dos julgamentos de recursos. O esquema teria movimentado R$ 19
bilhões em irregularmente.
A PF diz que ficou "comprovado" que
conselheiros e funcionários do órgão "defendiam interesses privados, em
detrimento da União", "valendo-se de informações privilegiadas".
Segundo a PF, mesmo depois do início da operação,
as investigações encontraram indícios de que os crimes continuaram a ser
cometidos.
Num segundo momento, a Zelotes passou a apurar
também um suposto esquema de venda de medidas provisórias. A PF descobriu que
uma das empresas que atuava no órgão recebeu R$ 57 milhões de uma montadora de
veículos entre 2009 e 2015 para aprovar emenda à MP 471 de 2009, que rendeu a
essa montadora benefícios fiscais de R$ 879,5 milhões. Junto ao Carf, a
montadora deixou de pagar R$ 266 milhões.
Em 4 de dezembro, 16 pessoas suspeitas se
tornaram réus na Zelotes depois que a Justiça Federal aceitou denúncia do
Ministério Público Federal no Distrito Federal.
Com informações do G1
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