quarta-feira, abril 29, 2015

Por falta de vagas nos presídios detentos estão sendo devolvidos para delegacias de origem

Dois detentos foram recambiados para a Delegacia de Cocal por falta de vagas em presídios do Estado. Central de Flagrantes também está superlotada.

Central de Flagrantes de Parnaíba
Dois homens que foram presos em Cocal e estavam custodiados temporariamente na Central de Flagrantes de Parnaíba aguardando transferência para um presidio do Estado, foram recambiados na noite desta segunda-feira (27/04), para a Delegacia de Cocal. A medida foi tomada por conta da superlotação de presos na Central de Flagrantes e também pela falta de vagas nos presídios.

Os detentos trata-se de Elciomar da Silva Fontenele, conhecido como ''Cleiton'', de 31 anos, preso no dia 27 de março, sob acusação de furto (Clique aqui e reveja) e Francisco Ismael Gomes, vulgo "Papi", de 30 anos, preso no dia 04 de abril (Clique aqui e reveja).

Tanto a Central de Flagrantes como a Penitenciaria Mista de Parnaíba Juiz Fontes Ibiapina estão superlotadas e representam um grande perigo para a população. Durante uma entrevista, o Delegado Eduardo Ferreira disse que o sistema carcerário de Parnaíba é uma verdadeira 'bomba relógio' que poderá explodir a qualquer momento, resultando em consequências danosas. As frequentes tentativas de fuga dos detentos atestam isso. Falta apenas o governo tomar providências e adotar medidas urgentes para evitar o pior.

A Central de Flagrantes chegou a acomodar 31 presos em quatro pequenos compartimentos carcerários. A falta de estrutura e o grande número de detentos concentrados os coloca em condições degradantes. Pra completar, a fossa do prédio estourou e as necessidades fisiológicas dos presos são feitas em sacolas plásticas. No local, higiene não existe e banho de sol muito menos, o que favorece as frequentes tentativas de fuga.

A Penitenciaria Mista de Parnaíba recebeu na ultima semana 10 detentos vindos do presidio de Esperantina, onde houve uma rebelião. O local abriga atualmente 432 presos, enquanto a capacidade é para apenas 136, um excesso de 295 prisioneiros. 

A superlotação além de violar os direitos dos presos, automaticamente está desviando a função de delegados e agentes; pois os policias civis se especializaram em investigar crimes e atender os anseios da segurança da população. Agora eles também estão sendo obrigados a cuidar de presos, desrespeitando assim, as normas da Polícia Judiciária. Ressaltando que as delegacias dos interiores conta com um efetivo policial pequeno e sem estrutura carcerária.


Fonte: Parnaíba 24 Horas

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