Dois detentos foram recambiados para a Delegacia de
Cocal por falta de vagas em presídios do Estado. Central de Flagrantes também
está superlotada.
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Central de Flagrantes de Parnaíba |
Dois homens que foram presos em Cocal e estavam
custodiados temporariamente na Central de Flagrantes de Parnaíba aguardando
transferência para um presidio do Estado, foram recambiados na noite desta
segunda-feira (27/04), para a Delegacia de Cocal. A medida foi tomada por conta
da superlotação de presos na Central de Flagrantes e também pela falta de vagas
nos presídios.
Os detentos trata-se de Elciomar da Silva
Fontenele, conhecido como ''Cleiton'', de 31 anos, preso no dia 27 de março,
sob acusação de furto (Clique aqui e reveja) e Francisco Ismael Gomes, vulgo
"Papi", de 30 anos, preso no dia 04 de abril (Clique aqui e reveja).
Tanto a Central de Flagrantes como a Penitenciaria
Mista de Parnaíba Juiz Fontes Ibiapina estão superlotadas e representam um
grande perigo para a população. Durante uma entrevista, o Delegado Eduardo
Ferreira disse que o sistema carcerário de Parnaíba é uma verdadeira 'bomba
relógio' que poderá explodir a qualquer momento, resultando em consequências
danosas. As frequentes tentativas de fuga dos detentos atestam isso. Falta apenas
o governo tomar providências e adotar medidas urgentes para evitar o pior.
A Central de Flagrantes chegou a acomodar 31 presos
em quatro pequenos compartimentos carcerários. A falta de estrutura e o grande
número de detentos concentrados os coloca em condições degradantes. Pra
completar, a fossa do prédio estourou e as necessidades fisiológicas dos presos
são feitas em sacolas plásticas. No local, higiene não existe e banho de sol
muito menos, o que favorece as frequentes tentativas de fuga.
A Penitenciaria Mista de Parnaíba recebeu na ultima
semana 10 detentos vindos do presidio de Esperantina, onde houve uma rebelião.
O local abriga atualmente 432 presos, enquanto a capacidade é para apenas 136,
um excesso de 295 prisioneiros.
A superlotação além de violar os direitos dos
presos, automaticamente está desviando a função de delegados e agentes; pois os
policias civis se especializaram em investigar crimes e atender os anseios da
segurança da população. Agora eles também estão sendo obrigados a cuidar de
presos, desrespeitando assim, as normas da Polícia Judiciária. Ressaltando que
as delegacias dos interiores conta com um efetivo policial pequeno e sem
estrutura carcerária.
Fonte: Parnaíba 24 Horas
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