quarta-feira, janeiro 21, 2015

SEMAR esclarece em audiência pública as causas da seca na lagoa do portinho

Superintendente de Meio Ambiente da SEMAR,
Carlos Moura Fé
Com o propósito de esclarecer o que vem causando o assoreamento da Lagoa do Portinho, um dos principais cartões postais do litoral piauiense, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMAR, participou de uma audiência pública realizada nesta quarta-feira(21), na Câmara Municipal da cidade de Parnaíba.

Na presença de autoridades, parlamentares, comerciantes e representantes da sociedade civil organizada, o superintendente de Meio Ambiente da SEMAR, Carlos Moura Fé, acompanhado do superintendente de Recursos Hídricos, Romildo Mafra e do Diretor de Licenciamento, Samuel de Oliveira, esclareceu sobre o que vem ocorrendo com a lagoa e ressaltou que tudo é devido ao fator climático.

Carlson Pessoa, auto da proposta da Audiência Pública
“A SEMAR está procurando compreender todos os fenômenos que provocaram a situação atual da Lagoa do Portinho. No passado, já realizamos um trabalho de preservação no local, que foi a contenção das dunas, onde pudemos aprofundar o conhecimento sobre toda essa dinâmica que ocorre no litoral. Mas o nível da água na lagoa somente irá retornar se o índice pluviométrico for superior ao que já foi registrado nos últimos quatro anos. Estamos enfrentando uma estiagem muito grande”, declarou  Carlos Moura Fé.

Medidas emergenciais já foram tomadas pela SEMAR, todas visando salvar esse ponto turístico do Estado, bem como preservar todo o ecossistema existente. São medidas como  a criação de uma unidade de conservação, bem como o desenvolvimento de projetos nas áreas de comunicação e educação ambiental para conscientizar sobre o processo de ocupação e estabelecer rotinas de fiscalização permanente em toda a região sobre as ações e atividades humanas. –

Aloísio Soares, comerciante há mais de 25 anos na Lagoa
do Portinho
“Algumas saídas que foram propostas, como a transposição de bacias e aberturas de canais, precisam ser estudadas. Porque pelo fato de ser um ambiente independente e específico, qualquer alteração nessas características podem provocar outras alterações mais adversas para o meio ambiente, afetando a fauna, por exemplo. Dessa forma, não consideramos que isso seria uma solução, mas precisamos estudar e não descartar essas alternativas. Aproveito para conclamar a comunidade cientifica local para contribuir com as ações para conservação e preservação dos recursos naturais desta região”, enfatiza Moura Fé.

Recentemente, técnicos da SEMAR concluíram um relatório que aponta a falta de chuva como responsável pela atual situação de seca que atinge a Lagoa do Portinho. 

De acordo com dados da secretaria, a lagoa abrange uma área de aproximadamente 5,62 km², estendendo-se para nove quilômetros de comprimento no sentido Norte-Sul, com largura variável entre 0,2 e 1,6 quilômetro. Ela também se estende pela zona rural dos municípios de Parnaíba e Luís Correia abrangendo os povoados Carpina, Gameleira, Portinho, Cearazinho e Santo Antônio.

A lagoa é abastecida pelos rios Portinho e Marruás, assim como também, pelos riachos do Brandão, Braz, São Miguel e Mundo Novo. Com exceção do rio Portinho, todos os demais são intermitentes e nos período de estiagem apresentam o leito completamente seco. 

Da redação do Jornal da Parnaíba

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