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Superintendente de Meio Ambiente da SEMAR, Carlos Moura Fé |
Com o propósito de esclarecer o que vem causando o
assoreamento da Lagoa do Portinho, um dos principais cartões postais do litoral
piauiense, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – SEMAR,
participou de uma audiência pública realizada nesta quarta-feira(21), na Câmara
Municipal da cidade de Parnaíba.
Na presença de autoridades, parlamentares,
comerciantes e representantes da sociedade civil organizada, o superintendente
de Meio Ambiente da SEMAR, Carlos Moura Fé, acompanhado do superintendente de
Recursos Hídricos, Romildo Mafra e do Diretor de Licenciamento, Samuel de
Oliveira, esclareceu sobre o que vem ocorrendo com a lagoa e ressaltou que tudo
é devido ao fator climático.
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Carlson Pessoa, auto da proposta da Audiência Pública |
“A SEMAR está procurando compreender todos os
fenômenos que provocaram a situação atual da Lagoa do Portinho. No passado, já
realizamos um trabalho de preservação no local, que foi a contenção das dunas,
onde pudemos aprofundar o conhecimento sobre toda essa dinâmica que ocorre no
litoral. Mas o nível da água na lagoa somente irá retornar se o índice
pluviométrico for superior ao que já foi registrado nos últimos quatro anos.
Estamos enfrentando uma estiagem muito grande”, declarou Carlos Moura Fé.
Medidas emergenciais já foram tomadas pela SEMAR,
todas visando salvar esse ponto turístico do Estado, bem como preservar todo o
ecossistema existente. São medidas como a criação de uma unidade de
conservação, bem como o desenvolvimento de projetos nas áreas de comunicação e
educação ambiental para conscientizar sobre o processo de ocupação e
estabelecer rotinas de fiscalização permanente em toda a região sobre as ações
e atividades humanas. –
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Aloísio Soares, comerciante há mais de 25 anos na Lagoa do Portinho |
“Algumas saídas que foram propostas, como a
transposição de bacias e aberturas de canais, precisam ser estudadas. Porque
pelo fato de ser um ambiente independente e específico, qualquer alteração
nessas características podem provocar outras alterações mais adversas para o
meio ambiente, afetando a fauna, por exemplo. Dessa forma, não consideramos que
isso seria uma solução, mas precisamos estudar e não descartar essas
alternativas. Aproveito para conclamar a comunidade cientifica local para
contribuir com as ações para conservação e preservação dos recursos naturais
desta região”, enfatiza Moura Fé.
Recentemente, técnicos da SEMAR concluíram um
relatório que aponta a falta de chuva como responsável pela atual situação de
seca que atinge a Lagoa do Portinho.
De acordo com dados da secretaria, a lagoa
abrange uma área de aproximadamente 5,62 km², estendendo-se para nove
quilômetros de comprimento no sentido Norte-Sul, com largura variável entre 0,2
e 1,6 quilômetro. Ela também se estende pela zona rural dos municípios de
Parnaíba e Luís Correia abrangendo os povoados Carpina, Gameleira, Portinho,
Cearazinho e Santo Antônio.
A lagoa é abastecida pelos rios Portinho e Marruás,
assim como também, pelos riachos do Brandão, Braz, São Miguel e Mundo Novo. Com
exceção do rio Portinho, todos os demais são intermitentes e nos período de
estiagem apresentam o leito completamente seco.
Da redação do Jornal da
Parnaíba
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