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Joaquim Saraiva |
Nestes dias que antecederam ao Natal eu
acompanhando as postagens nas redes sociais me deparei com um apelo de Joaquim
Saraiva, o corajoso ator e diretor que está fazendo há muito tempo por sua
única e exclusiva conta uma casa de teatro em Parnaíba, mais precisamente na
avenida Nossa Senhora de Fátima. Ele pedindo ajuda pra, nas finalizações desta
imponente obra, ter condições de comprar as poltronas. Cogitava ele até de
vender um seu imóvel em Luiz Correia pra ajudar no montante do capital.
Eu não necessito ficar aqui desfiando a biografia
pessoal e profissional de Joaquim Saraiva porque seria apenas repetir aquilo
que todos nós estamos cansados de saber. Mas apenas pra falar das últimas. Ele
acaba de ter publicado um livro duplo, Reino da Palhaçada e, Amigo Velho, uma
peça pra adultos e outra pra crianças, já conhecidas e reconhecidas pela
crítica e pelo público. E agora aqui vendo prestes a encararmos mais um ano
novo, 2015, me vem a recordação de um filme recente muito bonito e que trata da
persistência humana, Noé, com Russel Crowe.
Pois este Noé, que não tem nada a ver com o Papai
Noel do Natal, que todos, desde os vizinhos até os mais distantes, no seu tempo
sabiam ser ele um sujeito muito carne de pescoço, resolveu depois de um pedido
de Deus construir uma arca do tamanho da lagoa do Portinho e nela colocar todos
os animais para salvá-los da destruição da Terra, saiu em busca de terra firme
aonde pudesse reconstruir a raça humana longe de todos os defeitos. E de nada adiantaram as dificuldades que foram
imensas pra conseguir sua missão.
Noé encontrou resistência até entre mesmo seus
filhos. Foi perseguido pelos vizinhos e inimigos. Suportou a cobiça, a inveja,
a ira e toda sorte de situações, mas finalmente deu por cumprida sua missão.
Saraiva é um Noé destes anos todos nesta terra tão árida de cultura e de
empreendedorismo como é a Parnaíba. Está finalizando a construção de um teatro
que merecidamente leva seu nome, com 304 lugares, salas pra os mais diversos cursos
entre outras manifestações. E tem sido difícil concluir apenas com recursos
próprios.
Já andou sacrificando dinheiro de sua
aposentadoria. Chegou a vender imóveis, pediu empréstimos e mais grave, recebeu
promessas e mais promessas de políticos da hora e que quiseram pegar carona no
feito. Dessas promessas nenhuma delas chegou a se concretizar. Mas Joaquim
Saraiva, natural de Floriano, bacharel em administração de empresas,
jornalismo, rádio e televisão, o nosso Noé do teatro, continua com a firme
obstinação de concluir aquele que deve ser o primeiro e mais bem aparelhado
teatro de Parnaíba.
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Teatro Saraiva |
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Edição do Jornal da Parnaíba
Por Pádua Marques
Por Pádua Marques
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