A atual gestão distribui “espelhos” a uma cidade
doente, desamparada e insegura.
Com um governo medíocre a equipe do prefeito
Florentino Neto (PT) completa a metade do seu tempo sem nenhuma obra estruturante
ou mesmo que mude o perfil indigente ou que se atreva a acompanhar o momento
econômico atual, patrocinado pela iniciativa privada que tem apostado na
cidade.
Engraçado que os atuais avanços na economia local
são divulgados como feito das últimas gestões que esse povo comanda. Nisso eles
são bons. Apropriam-se também das obras realizadas pelo governo do estado e
federal. O mérito estaria em aplicar corretamente os recursos e num tempo
razoável, mas não.
Nem mesmo a capacidade técnica-operacional de aplicar
os recursos oriundos de transferências federais com celeridade e correção é
levada a sério. O matadouro ainda é a obra mais emblemática. Outros exemplos de
desleixo sobram nas estatísticas: 900 melhorias sanitárias para o bairro São
Vicente de Paula, sistema de drenagem das ruas Oeste, Carpina e Anhanguera
(Piscinão), Unidades de Pronto Atendimento, Ginásios Poliesportivos, Academias
Populares... projetos de emendas do Orçamento da União que estão a passos
lentos ou mesmo paralisados.
As prioridades de um governo devem seguir as
demandas percebidas pela comunidade e não o olhar competente do gestor que sabe
decidir o que é melhor para o seu povo. Sem o estabelecimento de prioridades
vai-se atuando nas ações periféricas e que pouco influencia na vida das
pessoas.
A foto do quebra-cabeça de uma Parnaíba planejada
para o futuro, ofertando aos seus habitantes uma vida digna parece que não foi
tirada. Ou se foi, os pedaços dele não estão sendo juntados corretamente. Esse
governo fala muito em “planejamento”, mas o que se propaga não é norteador de
uma administração que diz representar a mudança de mentalidade política. Ou
seja, falhou naquilo que se propusera: ser a renovação do pensamento
autoritário, personalista, corrupto e defensor de um projeto meramente voltado
às ambições e desejos individuais do seu mandatário, como se via no passado.
Qual é mesmo a diferença deste para outros governos que criticou ou critica? Elis
Regina escreveu e vale para o caso em questão: “O que há algum tempo era novo,
jovem, hoje é antigo e precisamos todos rejuvenescer”.
O que é que ocorre quando não se faz o que se tem
que fazer, lamentavelmente é o que temos aqui. Tudo é necessário: desde tapar
buraco, limpar a cidade, combater a dengue, acabar com a ocupação irregular,
melhorar a educação, organizar o trânsito, tratar da segurança pública, reorganizar
a saúde, etecetera. Seria louvável e digno de comemoração caso a atuação municipal
se desse nesse nível.
Quando se substitui um governo ruim qualquer obra,
por mais insignificante que seja, termina ganhando um valor inestimável. É o
caso. Após sucessivos governos também medíocres retirar indigentes ocupantes de
uma praça aparece como grande feito. Ou pavimentar um calçadão... tacanho
pensamento.
Outro problema percebido é a incapacidade de cuidar
dos espaços públicos de forma eficiente. O Prefeito prometera dar atenção
especial às nossas praças e jardins. O grande feito foi a criação de uma
Superintendência de nome pomposo com este objetivo, porém não se vê os
resultados anunciados. Tem-se afinal uma tímida ação em poucas praças que não
justifica o volume gasto, nem a promessa feita.
Pior ocorre com a nossa juventude que está jogada à
própria sorte! Os que podem frequentam o shopping, vão à praia, estão nas
baladas da boate ou dos clubes de festas, enfim têm opções de lazer. E quem não
tem? Você arrisca me dizer qual é a diversão dos jovens da periferia de
Parnaíba?
A grande maioria dos nossos jovens esta hora está
perambulando pelas ruas, sem rumo, sem oportunidade, sem amparo, sem segurança,
sem lazer, sem nada. A periferia é o retrato do descaso...
A droga e a prostituição são armadilhas bem
próximas. Qual é a ação efetiva de amparar os que nelas já caíram? E, mais
importante, qual a estratégia de ação para não permitir que se percam mais
vidas?
Vou deixar aqui uma sugestão ao prefeito: convoque
os que elaboraram o seu plano de governo ou consulte de onde copiaram as ideias
para que sejam trabalhadas como pano de fundo da gestão. Extraindo-se propostas
de políticas públicas que venha ao encontro com os anseios e necessidades da
sociedade, fato ainda não alcançado nestes quase 24 meses de mandato, somado à
experiência de Vossa Excelência de 48 meses como vice-prefeito e quase o mesmo
período como Chefe de Gabinete na gestão 2005-2008. Fica a dica!
Por Fernando Gomes, sociólogo, eleitor, cidadão e contribuinte
parnaibano.
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