Ariosto Ibiapina é médico, mas há dez anos se
transformou em empresário, montou uma pousada e se tornou um grande
incentivador do esporte no litoral piauiense.
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| Ariosto Ibiapina usava a própria casa para receber amigos, até que a demanda foi crescendo e virou uma pousada (Foto: Wenner Tito) |
Médico e monstro dos mares: a vida do homem que
trouxe o Kite ao Piauí.
Ariosto Ibiapina é médico, mas há dez anos se
transformou em empresário, montou uma pousada e se tornou um grande
incentivador do esporte no litoral piauiense.
O clássico da literatura “O médico e o monstro”
conta a história do Dr. Jekyll, um médico que toma uma poção e se transforma no
temido Mr. Hyde. Em Barra Grande, no entanto, a transformação do doutor não tem
nada de temida, mas de radical, sim. Ariosto Ibiapina montou uma pousada “quase
sem querer” no litoral piauiense e transformou o local em um point mundialmente
famoso entre kistesurfistas.
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Ariosto ao lado de Formiga, dono da maior escola
de
Kite do mundo e amigo pessoal (Foto: Wenner Tito)
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Ariosto é médico em Parnaíba, principal cidade da
faixa litorânea do Piauí. Há mais de 30 anos, comprou um terreno no vilarejo de
Barra Grande, quando poucos moradores residiam na região. A ideia era apenas
ter um local para passar fins de semana com família e amigos, mas a ideia foi,
quase sem querer, se tornando um empreendimento.
O Kitesurf começou a se espalhar pelo Brasil na
década de 90. Conhecendo o esporte, o médico convidava amigos para praticar o
esporte em Barra Grande. Com o tempo as condições favoráveis do local foram
sendo espalhadas e atraindo cada vez mais praticantes. Chegou ao ponto que o
que era uma simples recepção para amigos foi virando um negócio.
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| Arena Kite Brasil disputado em Barra Grande este ano (Foto: David Carvalho/Janjão) |
- Há uns dez anos, o fluxo de pessoas aumentou, e
eu comecei a cobrar uma taxa de quem vinha para cá. Aí, eu fui
reinvestindo essas taxas e ampliando, construindo um chalé aqui, depois
outro. Foi algo totalmente sem planejamento, até que virou uma pousada – conta
Ariosto.
O então empresário não largou a medicina e continua
atendendo até hoje. Sua transformação ocorre nos dias em que ele dedica a tocar
o negócio próprio. Entre resolver um problema e outro, um pulo nas aguas
esverdeadas do litoral piauiense e o Ariosto kitesurfista entra em ação. Não é
difícil descobrir qual trabalho dá mais prazer.
- Trabalho muito mais quando estou aqui em Barra
Grande, mas me canso bem menos. Quando chego aqui, dou uma descansada,
aproveito, e depois tenho fôlego pra cuidar de tudo – diz ele.
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Beleza natural de Barra Grande é atrativo dos
torneios
de Kitesurfe (Foto: David Carvalho/Janjão)
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Mesmo sendo aberta ao público em geral, as
atividades da pousada estão, até hoje, relacionadas ao kitesurfe, tanto que o
local sediou a etapa brasileira do Mundial de Estilo Livre, neste fim de
semana. Também há uma escolinha do esporte no estabelecimento, onde os
instrutores são todos nativos do povoado de Barra Grande.
- Todos os instrutores aprenderam aqui e, hoje, são
instrutores ou atletas, tendo uma fonte de renda melhor do que tinham antes.
Cerca de 90% da nossa mão de obra é local. É uma forma de gerar desenvolvimento
por aqui mesmo – explica Ariosto.
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Desenvolvimento, sim, mas não desenfreado. Não se
vê restos de lixo espalhados pela areia da praia de Barra Grande. A preservação
do meio ambiente, segundo Ariosto, é uma das bandeiras dos kitesurfistas. Se
depender deste pensamento, o litoral piauiense ainda será um paraíso para estes
esportistas por muito tempo.
- Nós queremos praias limpas. Quem pratica
kitesurfe não chega nem perto de praia poluída, então, nós cuidamos. Isso
estimula até a população também, que preserva para que os kitesurfistas estejam
sempre voltando – finaliza Ariosto. .
Edição do Jornal da
Parnaíba
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Por Wenner Tito-G1/Teresina





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