Mesmo em desvantagem na estatura em relação às
demais, Mika Thompson mostra personalidade na repescagem. Atleta mirim perde
vaga para atual campeã brasileira.
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| Mika e ação durante bateria em Barra Grande, no litoral piauiense (Foto: Wenner Tito/GloboEsporte.com) |
Quem acompanhou as baterias da etapa do Campeonato
Mundial de Kitesurfe, realizado durante esta semana na praia de Barra Grande,
no litoral do Piauí, pode ter se espantado ao, de repente, notar a baixa
estatura de Mika Thompson.
A garota de apenas nove anos de idade está
competindo pela primeira vez no Mundial de estilo livre da modalidade e
demonstrou talento impressionante na briga por uma vaga na final ao disputar a
repescagem neste sábado. A joia cearense voou no céu piauiense, esbanjou
carisma, mas acabou perdendo a disputa na bateria para Dionéia Vieira, atual
campeã brasileira.
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Estreante, cearense Mika Thompson impressiona
rivais no Mundial de Kitesurfe em Barra Grande
(Foto: Wenner Tito)
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Filha de uma norte-americana com um brasileiro,
Mika nasceu e cresceu na praia de Jericoacoara, no Ceará. Acostumada desde
pequena a ver os adultos praticando o kitesurfe, o interesse surgiu desde cedo
e, aos oito anos, a mãe deu a permissão para que a filha fizesse as primeiras
manobras.
- Todo dia, ela vê kitesurfe e, desde os 5 anos,
ela pedia para começar. Eu dizia sempre para esperar, até que no passado eu
deixei. Eu e o pai dela também praticamos, mas ela é muito melhor que a gente -
conta Jodi Thompson.
A mãe não nega o orgulho da filha. Jodi também foi
atleta profissional de kitesurfe, mas conta que não tem nenhuma influência
direta no interesse de Mika pelo esporte. É justamente isso que a deixa mais
feliz.
- Dá muito orgulho e dá prazer, porque o desejo vem
dela. É uma coisa que a gente deixa bem a vontade, e ela vai bem no ritmo dela,
ela quer muito - diz.
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| Mika recebe apoio de perto da família durante etapa do Mundial (Foto: Wenner Tito/GloboEsporte.com) |
Não é difícil perceber a alegria que Mika sente
quando veleja. Debutante na etapa de um dos principais torneios da temporada,
ela sabe muito bem que não está entre as principais competidoras na briga pelo
título, mas foca em algo mais importante: a diversão.
- Eu gosto de andar por cima da água. Levo um
montão de tombos, mas continuo. Não estou aqui para ganhar. É só para praticar
e me divertir – explica a pequena.
Mika ficou fora das finais que serão disputadas no
domingo. Nada que importe muito para ela e para os pais, que ficaram o tempo
todo à beira da água aplaudindo e incentivando a filha, e a receberam com um
abraço quando saiu da água.
Da redação do Jornal da Parnaíba
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Por Wenner Tito/G1-Barra Grande, PI



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