ONG trabalha preservação do peixe mero no litoral do Piauí

Espécie está criticamente ameaçado de extinção a nível nacional e mundial.; Trabalho de conservação do peixe ocorre na Pedra do Sal em Ilha Grande.

A Organização Não Governamental (ONG) Comissão Ilha Ativa (CIA) realiza de agosto de 2013 um projeto de conservação do mero, um peixe criticamente ameaçado de extinção a nível nacional e mundial. O projeto Senhor das Pedras promove a conservação da espécie por meio de pesquisas e educação ambiental na unidade de conservação Área de Proteção Ambiental Delta do Parnaíba (APA Delta do Parnaíba)

Mero visto no litoral do PIauí (Foto: Vinícius França/Comissão Ilha Ativa)

Todas as atividades executadas ocorrem na comunidade Pedra do Sal e de Ilha Grande, áreas localizadas no litoral oeste do estado do Piauí e que estão inseridas na unidade na (APA Delta do Parnaíba); assim, envolvem pescadores artesanais, estudantes e a comunidade em geral. O projeto é patrocinado patrocinado pela Fundação O Boticário de Proteção à Natureza

Segundo Kesley Paiva da Silva, coordenadora técnica do projeto, o Senhor das Pedras tem como objetivo sensibilizar a comunidade sobre a importância do mero e seus ecossistemas, assim como realizar levantamento de espécies da família Serranidae que frequentam o local de estudo. “Em parceria com pescadores, estamos conseguindo conscientizar a comunidade para a importância desse projeto”, disse.

Paiva afirma que informações sobre o mero na região são escassas, o que torna necessário o desenvolvimento de pesquisas considerando a importância para a conservação deste serranídeo e de seus ecossistemas. “Com ajuda dos pescadores e das comunidades, poderemos entender sobre a espécie na região, como a área de ocorrência, reprodução, ciclo de vida, alimentação, dentre outros”.

Recentemente, no dia 9 de junho, técnicos conseguiram registrar pela primeira vez na região, mero  em seu habitat natural. Foram flagrados dois meros a uma profundidade de 15 metros, sendo um juvenil apresentando cerca de 60 cm e um adulto com aproximadamente dois metros de comprimento.

“Os pescadores repassam informações importantes para o estudo, como alimentação, reprodução, locais de ocorrência, dentre outras. Estes pontos visitados na Pedra do Sal e Ilha Grande foram levantados por meio de metodologias participativas, onde foram mapeados e estão sendo acompanhados através destes mergulhos, visando flagrar o gigante do mar”, disse Kesley.

Da redação do Jornal da Parnaíba

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Do G1 PI