quarta-feira, maio 28, 2014

Obras do porto esbarram em burocracia e valores

A retomada das obras do porto de Luis Correia está esbarrando nos valores e numa nova licitação. O projeto que foi apresentado à Secretaria dos Portos passou de R$ 80 milhões no governo Wellington Dias (PT) para R$ 440 milhões no governo Wilson Martins (PSB). O projetos e os valores estão sendo reanalisados para que o Governo Federal decida por um novo contrato.

Na verdade, o porto de Luis Correia foi estadualizado. No governo Wellington Dias a obra foi repassada para o Governo do Estado, mas não teve a continuidade esperada. “Quando eu assumi o mandato, consegui puxar o porto para o Estado. O contrato com o governo federal foi renovado e fizemos um projeto rápido para recuperar a obra. O intuito era podermos entrar no PAC, enquanto ganhávamos tempo para fazer o projeto. Ao terminar o mandato o projeto foi feito.”, explicou o senador Wellington Dias, que era governador na época.

Segundo Wellington Dias, ”o governador Wilson Martins tomou a decisão de refazer o projeto. Fez um projeto mais robusto e foi para R$ 400 milhões. O projeto que custava R$ 80 milhões foi para R$ 400 milhões. Feita a licitação da obra, faz o contrato e começa. É isso que tá faltando (a licitação e o contrato)”, afirmou o senador dizendo que a reformulação do projeto feita pelo ex-governador Wilson Martins encareceu a obra.

O governador Zé Filho (PMDB) disse que foi destratado por um técnico da Secretaria dos Portos, e assegurou: “Se até o dia 20 não tivermos uma resposta do Governo Federal sobre a retomada das obras do porto de Luís Correia, vamos devolver a obra para o Governo Federal, porque o Governo do Piauí não vai se responsabilizar por ela.”, reclamou.

“Não vou ficar com uma responsabilidade dessas para o governo do Estado. É uma obra importante que tem sido repetidamente fonte de promessas e nenhuma solução”, ressaltou o governador, dizendo que obra de porto é de competência do Governo Federal.

No mês passado, Zé Filho se reuniu com representantes da Azeta, empresa responsável pela obra do Porto de Luís Correia. Ele pediu explicações sobre a situação atual do projeto e cobrou da equipe executiva soluções imediatas para obra.

O porto de Luís Correia deve funcionar para a navegação de cabotagem que acontece quando o transporte é feito por navios nacionais entre portos do país. A redefinição foi elaborada depois de um estudo feito pela Secretaria Estadual dos Transportes (Setrans), com orientação da própria Secretaria Especial dos Portos (SEP).

Da redação do Jornal da Parnaíba
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Por Luciano Coelho/Portal AZ

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