quarta-feira, março 26, 2014

“Para funcionar satisfatoriamente o HEDA precisaria de R$ 3 milhões” – diz diretora Clara Leal

Diretora do HEDA, Maria Clara Leal fala durante
Audiência Pública realizada na CMP
Foi realizada na manhã de hoje mais uma audiência pública na Câmara Municipal, onde vereadores e médicos discutiram as várias deficiências nos atendimentos no Hospital Dirceu Arcoverde (HEDA), que apesar de haver experimentado alguns avanços, desde que assumiu a atual diretora, Clara Leal, ainda registra muitas precariedades, agravadas pelos atendimentos que são feitos a pacientes de outros Estados, principalmente do Maranhão, que sobrecarregam os profissionais e dificultam os atendimentos de pacientes locais.

A audiência Pública, proposta pelos vereadores Carlson Pessoa e Bernardo Rocha, teve a participação da diretora do HEDA, Clara Leal; de representantes da Secretaria Municipal de Saúde e do Sindicato dos Médicos em Parnaíba, além da presença do presidente da OAB local, Ricardo Mazulo e dos vereadores Ricardo Véras, Astrogildo Fernandes e da Presidente do Legislativo, vereadora Neta Castelo Branco, que comandou os trabalhos, juntamente com o vereador Carlson Pessoa.

“Para funcionar satisfatoriamente o Hospital Dirceu precisaria de pelo menos 3 milhões de reais e a Prefeitura repassa apenas 584 mil reais, que são recursos do Governo Federal (SUS). Além disso, há carência de recursos humanos, de estruturação”, destacou a Diretora Clara Leal, que foi enviada a Parnaíba pelo Governador Wilson Martins em setembro do ano passado, em meio a uma crise que passava o hospital.

“Quando aqui cheguei as informações que existiam era de que os médicos eram ladrões, corruptos, denúncias de improbidade administrativa e estou aqui há 6 meses e não constarei nada disso, nenhuma fraude. Há muitas coisas positivas, mas as pessoas costumam explorar só as negativas”, comentou a diretora.

Presidente da OAB, ao centro, Ricardo Mazulo
O presidente da OAB, Ricardo Mazulo, lamentou que Estados vizinhos, de onde vêm muitos pacientes atendidos no hospital Dirceu, continuem sem pagar por esses atendimentos e lamentou ainda os problemas registrados no laboratório, que, segundo ele, está em situação critica. “Nosso laboratório está desestruturado e estamos adquirindo equipamentos, mas o processo licitatório é lento. E para que a população não fique desassistida estamos terceirizando os exames”, esclareceu Clara Leal.

O representante da Secretaria Municipal de Saúde, Carlos Barros, falou dos investimentos que estão sendo feitos no setor, inclusive com a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento, “que vai dar uma grande contribuição à saúde”, disse.

Anestesista Hélio Carvalho, à esquerda
O anestesista Hélio Carvalho também usou da palavra para dizer que o Hospital Dirceu está na contramão comparado com o que ocorre no país, onde há dinheiro, mas falta gestão. “No Heda há gestão mas falta dinheiro”,  enfatizou.

A vereadora Neta Castelo Branco disse acreditar que o novo governador possa dar um melhor tratamento ao Hospital. Ela agradeceu a presença dos médicos na Audiência e o trabalho que vem sendo feito pela Diretora Clara Leal. Ela disse acreditar que o prefeito Florentino Neto possa juntar-se ao governador que vai assumir em breve, para olhar com mais carinho para aquela casa de saúde.

Vereadores Carlson Pessoa, Neta Castelo Branco e diretora
do HEDA, Maria Clara Leal
Agradecendo a todos pela presença, o vereador Carlson Pessoa disse que será elaborado um relatório de tudo o que foi discutido, para ser enviada para toda a representação politica do Estado, pedindo apoio e um melhor tratamento para o único hospital público na segunda maior cidade do Piauí.

Edição do Jornal da Parnaíba
Por Bernardo Silva
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Um comentário:

Anônimo disse...

Rapaz, o que esse HEDA precisa é uma grande reforma; para melhor atender a população.