Diretora do HEDA, Maria Clara Leal fala durante Audiência Pública realizada na CMP |
Foi realizada na manhã de hoje mais uma audiência
pública na Câmara Municipal, onde vereadores e médicos discutiram as várias
deficiências nos atendimentos no Hospital Dirceu Arcoverde (HEDA), que apesar
de haver experimentado alguns avanços, desde que assumiu a atual diretora,
Clara Leal, ainda registra muitas precariedades, agravadas pelos atendimentos
que são feitos a pacientes de outros Estados, principalmente do Maranhão, que
sobrecarregam os profissionais e dificultam os atendimentos de pacientes
locais.
A audiência Pública, proposta pelos vereadores
Carlson Pessoa e Bernardo Rocha, teve a participação da diretora do HEDA, Clara
Leal; de representantes da Secretaria Municipal de Saúde e do Sindicato dos
Médicos em Parnaíba, além da presença do presidente da OAB local, Ricardo
Mazulo e dos vereadores Ricardo Véras, Astrogildo Fernandes e da Presidente do
Legislativo, vereadora Neta Castelo Branco, que comandou os trabalhos,
juntamente com o vereador Carlson Pessoa.
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“Para
funcionar satisfatoriamente o Hospital Dirceu precisaria de pelo menos 3
milhões de reais e a Prefeitura repassa apenas 584 mil reais, que são recursos
do Governo Federal (SUS). Além disso, há carência de recursos humanos, de
estruturação”, destacou a Diretora Clara Leal, que foi enviada a Parnaíba
pelo Governador Wilson Martins em setembro do ano passado, em meio a uma crise
que passava o hospital.
“Quando aqui
cheguei as informações que existiam era de que os médicos eram ladrões,
corruptos, denúncias de improbidade administrativa e estou aqui há 6 meses e
não constarei nada disso, nenhuma fraude. Há muitas coisas positivas, mas as
pessoas costumam explorar só as negativas”, comentou a diretora.
Presidente da OAB, ao centro, Ricardo Mazulo |
O presidente da OAB, Ricardo Mazulo, lamentou que
Estados vizinhos, de onde vêm muitos pacientes atendidos no hospital Dirceu,
continuem sem pagar por esses atendimentos e lamentou ainda os problemas
registrados no laboratório, que, segundo ele, está em situação critica. “Nosso laboratório está desestruturado e
estamos adquirindo equipamentos, mas o processo licitatório é lento. E para que
a população não fique desassistida estamos terceirizando os exames”,
esclareceu Clara Leal.
O representante da Secretaria Municipal de Saúde,
Carlos Barros, falou dos investimentos que estão sendo feitos no setor,
inclusive com a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento, “que vai dar uma grande contribuição à
saúde”, disse.
Anestesista Hélio Carvalho, à esquerda |
O anestesista Hélio Carvalho também usou da palavra
para dizer que o Hospital Dirceu está na contramão comparado com o que ocorre
no país, onde há dinheiro, mas falta gestão. “No Heda há gestão mas falta dinheiro”, enfatizou.
A vereadora Neta Castelo Branco disse acreditar que
o novo governador possa dar um melhor tratamento ao Hospital. Ela agradeceu a
presença dos médicos na Audiência e o trabalho que vem sendo feito pela
Diretora Clara Leal. Ela disse acreditar que o prefeito Florentino Neto possa
juntar-se ao governador que vai assumir em breve, para olhar com mais carinho
para aquela casa de saúde.
Vereadores Carlson Pessoa, Neta Castelo Branco e diretora do HEDA, Maria Clara Leal |
Agradecendo a todos pela presença, o vereador
Carlson Pessoa disse que será elaborado um relatório de tudo o que foi
discutido, para ser enviada para toda a representação politica do Estado,
pedindo apoio e um melhor tratamento para o único hospital público na segunda
maior cidade do Piauí.
Edição do Jornal da Parnaíba
Por Bernardo Silva
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Um comentário:
Rapaz, o que esse HEDA precisa é uma grande reforma; para melhor atender a população.
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