quarta-feira, fevereiro 05, 2014

Quadrilha presa pela PF chegou à Parnaíba na madrugada

Luiz Uirajá Gaspar Pontes e sua esposa Maria de Nazaré
da Mota Silva na carceragem da PF
As três pessoas acusadas de estelionato que fraudavam os seguros do Instituto Nacional do Seguro Social - INSS e seguro DPVAT (Danos Pessoais Causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) em Parnaíba, Buriti dos Lopes e Teresina, chegaram ao litoral por volta de 1h da madrugada desta quarta-feira, dia 05.

Dois veículos da Polícia Federal trouxeram Luiz Uirajá Gaspar Pontes que é bacharel em Direito, sua esposa Maria de Nazaré da Mota Silva e a irmã dela, Francinele da Mota Silva. A quadrilha foi presa em Teresina na manhã desta terça-feira (04) pela Polícia Federal que cumpriu os mandados expedidos pela Justiça de Buriti dos Lopes.

Ainda na delegacia da PF em Parnaíba, os acusados foram examinados pelo perito e seguiram para dar entrada na Penitenciária Mista de Parnaíba, Juiz João Nonon de Fontes Ibiapina, onde ficarão à disposição da Justiça.

Luiz Uirajá Gaspar Pontes e sua esposa Maria de Nazaré da
Mota Silva dando entrada na Delegacia da PF de Parnaíba
Luiz Uirajá pontes foi radialista em Parnaíba e já era procurado:
O acusado, há cerca de 15 anos, fez programa de rádio em várias emissoras comunitárias da região e era conhecido apenas como Luiz Pontes. No ano de 2013 a polícia já havia iniciado as investigações após muitas solicitações do INSS para instauração de inquérito para apurar benefícios fraudulentos, principalmente de pensão por morte dos assegurados. As investigações dão conta de que os segurados tinham contratos de empresas ligadas a Luiz Uirajá.

Foram usadas duas viaturas da PF para trazer a quadrilha para a delegacia
da Polícia Federal de Parnaíba
O investigado já tinha mandado de prisão contra ele por participação em fraude do seguro DPVAT e INSS em Parnaíba, bem como também esteve envolvido em uma operação da Polícia Civil em 2011. Luiz Pontes foi solto e sua prisão novamente decretada, porém o acusado já havia fugido. Há poucas semanas, ele foi localizado e monitorado pela Polícia Federal que atuou com 12 agentes comandados pelo delegado Marcos Roberto.

A Polícia Federal atuou com 12 agentes comandados
pelo delegado Marcos Roberto
Modus Operandi:
A quadrilha criava empresas e funcionários fantasmas em nome de pessoas que não existiam

A atuação da quadrilha consistia em criar empresas e funcionários fantasmas. A partir daí uma pessoa, que não existia, era contratada pela empresa que recolhia no INSS o teto máximo da previdência.

Também era feito o casamento de uma mulher com a pessoa fictícia, que por sua vez morria e a mulher dava entrada no pedido de pensão por morte ou no seguro DPVAT quando inventavam que era morte por acidente de trânsito.

Prisão:
As pessoas foram detidas em uma residência no bairro Piçarreira, em Teresina e na casa dos acusados foram apreendidos muitos documentos que podem ter sido usados na fraude. Na papelada foram encontrados processo de concessão de benefício, formulários de CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social) em branco, que ainda não se sabe se é original ou falsificado.

Edição do Jornal da Parnaíba | Por Francisco Brandão/Proparnaiba

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