Segundo levantamento feito pelo Instituto Avante
Brasil, com dados do Ministério da Saúde (Datasus), o número de mortes no
trânsito do Brasil em 2011 teve aumento de 1%. Em 2010, as mortes que
tinham chegado a 42.844; em 2011 alcançaram 43.256. Em cada grupo de 100 mil
habitantes, 22,6 pessoas vieram a óbito em decorrência do trânsito em 2011, para
uma população de 190.755.799 habitantes, de acordo com o IBGE.
A taxa de mortes calculada em relação à frota
nacional de veículos chegou a 613 para cada 1 milhão de veículos (frota de
70.543.535 veículos, em 2011).
Segundo apontou o Instituto, o crescimento médio
anual no número de mortes entre 1980 e 2011 foi de 2,75%. No período de 2001 a
2011, entretanto, o crescimento anual foi de 3,78%. Em 32 anos acumulamos
977.275 mortes no trânsito. Nesse período houve uma evolução no número de
mortes de 117%, passando de 19.927 em 1980, para 43.256 em 2011, de acordo com
o Datasus.
A frota de veículos mais que dobrou em uma década.
Entre 2003 e setembro de 2013 houve um crescimento de 118%, passando de 36
milhões para 80 milhões de veículos no país. Apesar de a maior taxa de mortes
absolutas, em 2011, ser encontrada no Sudeste, com 15.916 mortes, sendo
responsável por 37% do total de mortes e 51% do total da frota nacional, o
Nordeste apresentou uma taxa de mortes por 100 mil veículos quase três vezes
maior, 112,1 mortes contra 44,4 registradas no Sudeste.
Proporcionalmente, a região Nordeste apresenta um
número de mortes muito alto, 28% do total de mortes absolutas e apenas 15% do
total da frota nacional de veículos.
De acordo com o Mapa da Violência de Mortes no
Trânsito 2013, que traçou o perfil das vítimas através do Sistema de
Informações Hospitalares do Ministério da Saúde cobertas na rede pública, entre
1998 e 2012, o total de internações hospitalares em decorrência dos acidentes
de trânsito, aumentou 46,3%, passando de 108.988 em 1998, para 159.152 em 2012.
Todos os tipos de internações tiveram queda no período, salvo as internações de
motociclistas.
As internações de pedestres caíram 19,4%, de
ciclistas 25,7%, de ocupantes de automóveis 20,2%, de vítimas de ônibus 14,5% e
de transporte de carga 50,1%. Contudo, o crescimento de 366,1 nas internações
de motociclistas contribuiu para a manutenção do aumento total de
internações.
Com as quase 160 mil internações na rede pública,
os gastos do SUS chegaram a mais de 210 milhões de reais, em 2012. Desse total,
48% é ocasionado por ocupantes de motocicleta acidentada.
Só entre Janeiro e Junho de 2013, o DPVAT pagou
299.290 indenizações para as vítimas e famílias de acidentados no trânsito,
sendo que 29.025 foram pagas por morte (10%), 215.530 por invalidez permanente
(72%) e 54.735 despesas médicas (18%).
De acordo com a projeção feita pelo Instituto
Avante Brasil, considerando a média dos anos anteriores, é possível prever que
em 2013 acontecerão, no Brasil, entre 45 e 50 mil mortes no trânsito. Seriam
perto de 4 mortes por mês, algo como 125 mortes por dia e, pelo menos, 5 mortes
por hora!
A prevenção da criminalidade no trânsito passa pela
fórmula EEFPP: Educação, Engenharia (das ruas, das estradas e dos carros),
Fiscalização, Primeiros socorros e Punição. Quando um dos 5 eixos não funciona
bem, a prevenção perde eficácia. Quando todos não funcionam bem, o trânsito vai
se consolidando como uma máquina de triturar ossos e carne, regados a sangue.
Esse é o caso do Brasil!
Por: LUIZ FLÁVIO GOMES. Diretor-presidente do
Instituto Avante Brasil. Estou no professorLFG.com.br
Colaborou: Flávia Mestriner Botelho, socióloga e
pesquisadora do Instituto Avante Brasil
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