Houve uma
vez uma quadra
Ao passar um dia desses pela Rua Oscar Clark, no
trecho que fica entre a Casa Inglesa e o Armazém Paraíba, viajei no tempo…
pongando no bonde da imaginação. E a primeira parada foi em frente às ruínas da
outrora vibrante quadra de esportes da Casa Inglesa. Ah! Como é bom relembrar o
tempo maravilhoso que vivemos, sem saber que éramos felizes. Isso era na época
em que a Casa Inglesa estava em seu pleno apogeu. Parnaíba era uma pequena e
recatada cidade, onde além dessa, existiam outras empresas de porte e respeito,
como: Moraes S/A, Celso Nunes, Pedro Machado, Franklin Veras, Roland Jacob,
Ranulpho Torres Raposo, dentre outras como a Estrada de Ferro Central do Piauí
que nos seus escritórios e oficinas ofereciam emprego aos seus filhos menos
abastados, que eram a sua grande maioria. Essa última, em suas espaçosas
oficinas, moldava com maestria peças idênticas àquelas fabricadas no Centro-Sul
do País.

No alvorecer da década de sessenta, aquela que
marcou para sempre a vida de muitos sessentões de hoje, surgiu um grupo de
abnegados pelo basquete, que organizava emocionantes campeonatos, em que a
frequência, sempre à noite era muito boa, lotando a pequena quadra de esportes.
Equipes como: Vasco, Flamengo, Fluminense, Águia Negra… que empolgavam os
torcedores com as jogadas de craques consagrados, como os cestinhas, Murilo e
Djalma Borges, o ótimo marcador Vespasiano, Luìs Beré, Tonga, Tina, José Narciso,
Osvaldo… e na arbitragem, o bom João Oliveira. Outros craques existiram, mas a
memória, como que asfixiada por uma nuvem de fumaça, não me permite visualizar.
Ao descer do bonde… e caindo na crudelíssima
realidade, percebi que, o tempo é mesmo avassalador! E, tal qual, rolo
compressor vai mudando tudo ao seu jeito, deixando tudo para trás. Resta-nos
apenas, os resquícios da memória, que nos levam a uma época em que as pessoas
se comunicavam com mais fraternidade, a juventude navegava por mares de calmaria
que a levavam a um porto seguro, com os valores morais nos seus devidos
lugares, e não totalmente invertidos, como nos dias de hoje!
Por Mário Pires Santana, escritor e jornalista de
Parnaíba
Edição do Jornal da
Parnaíba
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