Em Luís Correia, Parnaíba e Cajueiro da
Praia, já foi substituído mais de 10 quilômetros de cabo da rede
convencional de baixa tensão por cabo multiplexado de cobre (rede
ecológica).
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| Eletrobrás fazendo a lavagem da rede do litoral piauiense |
A alta salinidade e os fortes ventos, comuns
em regiões litorâneas, tornam as redes de distribuição de
energia elétricas vulneráveis à agressividade salina, podendo,
em alguns casos, provocar a interrupção do fornecimento de energia
para os consumidores. Com a proximidade das festas de fim de ano, as equipes de
manutenção da Eletrobras Distribuição Piauí da regional norte intensificam o
trabalho de manutenção e lavagem de redes próximas ao litoral, nos
municípios de Parnaíba, Luís Correia, Ilha Grande e Cajueiro da
Praia.
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| Substituição da rede convencional de baixa tensão por cabo multiplexado de cobre (rede ecológica) |
O gerente da regional Norte da Eletrobras
Distribuição Piauí, Bernardo Teles, detalha como é feita a lavagem de rede. “Ao
realizarmos a lavagem, além do monitoramento da água, precisamos tomar
alguns cuidados especiais, como o uso de equipamentos de proteção
individual, procedimentos operacionais padrões, observar o sentido dos ventos,
o quê lavar primeiro. Diariamente, temos uma equipe lavando rede, obedecendo a
um cronograma previamente definido. Nas áreas de maior agressividade, a
frequência de lavagem chega a ser semanal e feita poste a poste”.
São quase 10 mil litros de água usados, todos
os dias, na limpeza das redes de média e baixa tensão nas regiões mais próximas
do mar. Esse mesmo tipo de serviço é realizado também nas subestações
localizadas nos municípios litorâneos, a exemplo da Tabuleiros, Parnaíba I,
Parnaíba II e Camurupim. "As subestações são lavadas a cada três
meses na época mais seca do ano e quando se intensificam os ventos",
explica Bernardo Teles.
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| Poste de Fibra de Vidro |
Fibra de
vidro
A agressividade salina não só ataca os isoladores
como também corroe as ferragens e postes da rede de distribuição na região
litorânea. A vida útil de um poste de concreto chega a cinco
anos, exigindo um trabalho de substituição de forma continuada,
que eleva os custos com manutenção das redes elétricas. Para diminuir
esses gastos e garantir uma maior confiabilidade ao sistema, a
Eletrobras Distribuição Piauí adquiriu postes feitos de fibra de vidro
para substituir os de concreto armado, de acordo com a necessidade.
Os postes de fibra de vidro pesam 150 quilos e têm
vida-útil de até 20 anos em locais com alta salinidade. "Por serem mais
leves, os postes de fibra são mais fáceis para transportar e implantar. Apenas
cinco homens conseguem transportar um poste de fibra até o local onde ele
será fincado, enquanto para uma estrutura de concreto são
necessários equipamentos especiais, como guindauto", avalia o líder
de Processo de Manutenção da regional Norte, Magno Antônio Brito Costa. Ele
lembra que, nessas regiões, são utilizados cruzetas de madeira e
transformadores com carcaça de alumínio que duram mais em ambientes com alta
salinidade.
Redes
ecológicas
No litoral, também, já é possível encontrar redes
de baixa tensão com cabos multiplexados de cobre, chamados de cabos ecológicos
por evitar poda mais intensa e até a retirada de árvores sob a rede elétrica.
Esse tipo de tecnologia também impede a ocorrência de curto-circuito provocado
pelo toque de um fio no outro ou por objetos estranhos em contato com a rede
elétrica. "Os fios são totalmente isolados, o que diminui o número de
desligamentos programados para realização de manutenção e, em caso de cabos
partidos, o risco de choque é muito menor se comparado aos cabos nus",
comenta o gerente da regional Norte da Eletrobras Distribuição Piauí, Bernardo
Teles.
Edição do Jornal da
Parnaíba | Por Rosália Teixeira
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