Das sete obras apontadas pelo TCU como irregulares no Brasil, duas estão no Piauí, a Vila Olímpica de Parnaíba e a Avenida Marginal Leste – controle de enchente no Rio Poty, em Teresina.
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Obra da Vila Olímpica de Parnaíba continua parada |
O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou nesta
quarta-feira (6) relatório que recomenda ao Congresso a paralisação de 7 obras
executadas com recursos do governo federal devido a irregularidades graves
encontradas durante fiscalização.
Em relação a outras 8 obras, o TCU recomenda ao
Congresso o bloqueio de parte dos recursos, também por conta de irregularidades
– neste caso, a decisão não implica necessariamente na interrupção dos
trabalhos.
As informações constam do Fiscobras de 2013,
relatório que consolida as fiscalizações realizadas por técnicos do tribunal
nas principais obras públicas por determinação da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO). O TCU apenas faz as recomendações. Cabe ao Congresso
acatá-las ou não.
Foram feitas pelo menos 136 fiscalizações e, de
acordo com o tribunal, elas resultaram em uma economia que já soma R$ 484
milhões em recursos públicos, mas que pode chegar a R$ 1,2 bilhão.
OBRAS
COM PARALISAÇÃO RECOMENDADA PELO TCU
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OBRA
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LOCAL
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Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol)
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Entre Caetité e Barreiras, na Bahia
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Ferrovia Norte-Sul
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TO
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Esgotamento sanitário
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Pilar, AL
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Avenida Marginal Leste – controle de enchente no
Rio Poty
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Teresina, PI
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Vila
olímpica
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Parnaíba,
PI
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Implantação de pavimentação na BR-448
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RS
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Construção de ponte sobre o Rio Araguaia
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TO
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Irregularidades
graves
Entre as sete obras que o tribunal recomenda a paralisação estão a construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), entre Caetité e Barreiras, na Bahia, e obras da ferrovia Norte-Sul, em Tocantins. As duas são de responsabilidade da Valec, estatal do setor ferroviário, e têm custo estimado em cerca de R$ 4,8 bilhões.
Entre as sete obras que o tribunal recomenda a paralisação estão a construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), entre Caetité e Barreiras, na Bahia, e obras da ferrovia Norte-Sul, em Tocantins. As duas são de responsabilidade da Valec, estatal do setor ferroviário, e têm custo estimado em cerca de R$ 4,8 bilhões.
Segundo o relatório, nas duas obras foram
encontradas irregularidades como projeto básico deficiente e sobrepreço
decorrente de custos mais altos que os praticados no mercado nos serviços
contratados e insumos adquiridos.
As outras obas que o tribunal recomenda paralisação
são: esgotamento sanitário em Pilar, em Alagoas; avenida Marginal Leste –
controle de enchente no Rio Poty, em Teresina (PI); construção de vila olímpica
em Parnaíba (PI); implantação de pavimentação na BR-448 (RS); e construção de
ponte sobre o Rio Araguaia, no Tocantis.
Bloqueio de
recursos
Entre as obras que o TCU recomenda o corte parcial de recursos está a construção do Canal do Sertão, em Alagoas, realizada pelo Ministério da Integração Nacional e que tem custo estimado em R$ 2,3 bilhões.
Entre as obras que o TCU recomenda o corte parcial de recursos está a construção do Canal do Sertão, em Alagoas, realizada pelo Ministério da Integração Nacional e que tem custo estimado em R$ 2,3 bilhões.
De acordo com o relatório, foram verificadas
irregularidades como superfaturamentos decorrentes de inconsistência no
contrato, de despesas indiretas apresentadas em excesso e de serviços e insumos
adquiridos com preço acima do mercado.
Outra obra que o TCU recomenda retenção de recursos
é a construção da refinaria Abreu e Lima, em Recife (PE), que tem custo global
estimado em R$ 12,1 bilhões. Segundo o tribunal, sua fiscalização identificou
superfaturamento na contratação de serviços e compra de insumos.
O TCU também recomenda o bloqueio de verba das
seguintes obras: terminal fluvial de Barcelos (AM); Trens Urbanos de Salvador,
entre Lapa e Pirajá (BA); implantação do trecho sul do Trens Urbanos de
Fortaleza (CE); construção do trecho em Goiás da ferrovia Norte-Sul; construção
de adutora em Pirapama (PE); e obras de melhoria no complexo esportivo
Canarinho, em Roraima.
Proinfância
O relatório também destaca irregularidades encontradas pela fiscalização na construção de creches dentro do Proinfância, programa do governo federal com investimento previsto de R$ 9,2 bilhões. Foram fiscalizadas 44 creches em seis cidades e o principal problema encontrado foi a “execução de serviços com qualidade deficiente.”
O relatório também destaca irregularidades encontradas pela fiscalização na construção de creches dentro do Proinfância, programa do governo federal com investimento previsto de R$ 9,2 bilhões. Foram fiscalizadas 44 creches em seis cidades e o principal problema encontrado foi a “execução de serviços com qualidade deficiente.”
De acordo com o relatório, foram identificadas
também deficiências na assistência técnica prestada às prefeituras e na gestão
do programa, além de irregularidades na metodologia utilizada para contratação
de obras por meio do sistema de registro de preços.
O TCU aponta que a economia gerada pela auditoria
no programa pode chegar a R$ 325,2 milhões, devido a ajustes realizados em
planilhas referenciais e no projeto.
Outro destaque apresentado no relatório foram as
irregularidades, como sobrepreço e restrição à competição na licitação para
contratação da obra de ampliação do terminal de passageiros do aeroporto de
Porto Alegre (RS).
Segundo o relatório, a fiscalização – e as mudanças
realizadas depois dela – levou a uma economia de R$ 6,2 milhões. A obra no
aeroporto tem custo estimado em cerca de R$ 189 milhões.
Edição Jornal da
Parnaíba | (Portal G1)
Um comentário:
.. enquanto isto os postos de saúde e os hospitais...
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