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Navio fenício gravado em um sarcófago, século II d.C. |
Os fenícios eram comerciantes no além-mar
e nesse contato influenciaram outras civilizações, entre elas a indígena
brasileira. Eram naturais da Fenícia, antiga civilização localizada no Norte da
antiga Canaã, ao longo das regiões litorâneas que atualmente compõem o Líbano, a
Síria e o Norte de Israel. Ainda hoje as pessoas desses países são comerciantes por excelência e continuam
eternos viajantes por outras plagas.
Data de 1644 a mais antiga
hipótese de que o continente americano teria tido a presença dos fenícios no
nordeste brasileiro, fato mencionado por Diodoro Sículo no Livro 5º, Capítulos
19 e 20 da História Universal, ao relatar a 1ª viagem de uma frota daquele povo
navegador.
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Pinturas rupestres pré-históricas no Arco do Covão pode ser deixado pelo Fenícios na Serra do Morcego, município de Caxingó (PI) |
O tratado do austríaco Ludwig Schwennhagen,
defendido por outros pesquisadores, nos direciona para algumas estórias que nos levam a crer que esses mercadores
estiveram no Piauí.
O Padre Antonio Vieira, em missão
religiosa no Brasil, ouviu de tribos tupinambás e Tabajaras, que os seus
antepassados migraram para o Norte do Brasil vindo de uma terra não mais
existente. Essa estória viabiliza a tese defendida por Schwennhagen de que o
chamado índio brasileiro teria vindo de um lugar chamado Caraíba, trazidos
pelos Fenícios. Essa terra teria afundado progressivamente no mar como a
Atlântida.
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Sete Cidades pode ter sido entreposto comercial dos Fenícios |
Entre os muitos dados escritos
por Schwennhagen, constam dois que têm a ver com a passagem desse povo pelo
Delta do Parnaíba: o primeiro parte do princípio da nomenclatura utilizada por
eles para indicar lugares, rios, serras, divindades e os fenômenos da natureza,
daí a fundação do entreposto comercial no delta do Parnaíba com o nome de Tur-Troya
(Tutoia); enquanto, o segundo enuncia
que dada a posição geográfica de Sete Cidades em relação aos rios da Bacia do
Parnaíba e a Serra da Ibiapaba, lá foi instalada a sede da Ordem e do Congresso
dos Povos Tupís, batizada pelos piagas
(pajés) de Piagui, daí originando o nome Piauhy.
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Vasos fenícios encontrados no litoral do Piauí |
As inscrições rupestres existentes
no Arco do Covão na Serra do Morcego (Buriti dos Lopes), Furna dos Negros no lugar
Gurita (Bom Princípio) e em trechos da antiga estrada que liga o Rio Longá a
localidade Sete Cidades, evidenciam a passagem de índios e estrangeiros na
região da grande Parnaíba em tempos bem remotos.
Por Vicente de Paula Araújo Silva
“Potência” (foto ao lado)
Da Série: Estórias a Respeito da
História da Parnaíba
Vic. 03/10/2013.-
Edição: Jornal da
Parnaíba
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informações de Parnaíba e cidades circunvizinhas
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