A enfermeira Clara Leal, nomeada pela Secretaria de
Saúde do Piauí para o cargo de interventora do Hospital Dirceu Arcoverde (Heda)
em Parnaíba nesta terça-feira (10), afirmou que a primeira providência que deve
tomar é a reabertura da emergência do hospital. A nomeação de Clara Leal para a
direção interina do hospital se deu após uma série de problemas causados pela
paralisação da classe médica.
“O Heda é uma hospital de referência para a região.
Um local que deve ter a porta de sua emergência aberta para receber os
pacientes. De imediato, precisamos reabrir a emergência do local que não pode
ficar com as portas fechadas”, disse.
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A diretora interina que deve assumir o Heda no dia
12 explicou que está se inteirando sobre a real situação do hospital para poder
adotar um plano de ações concretas a curto, médio e longo prazo.
“Estou procurando conhecer a situação do hospital
para adotar uma agenda de trabalho, também estou coletando dados e me
informando dos problemas pelos quais ele está passando. Tenho como meta
priorizar os problemas mais graves para adotar metas e planos para médio e
longo prazo”, relatou.
O hospital que atende a pelo menos 11 cidades da
região litorânea do estado vive o efeito da paralisação dos médicos desde o dia
1º de setembro. Além do atendimento da emergência ser suspenso, a Unidade de
Tratamento Intensivo (UTI) do local também foi chegada neste domingo (8), fato
que levou a secretária municipal de saúde, Maria do Amparo Coêlho, e o
procurador do município Fábio Silva Araújo a registrar um boletim de ocorrência
na 1º Distrito Policial da cidade.
Sobre o ocorrido, a secretária municipal de saúde
informou que o fechamento da UTI representava um “crime” contra a população,
devido o fato do local ser o único para atender a região. “O local é responsável
pelo atendimento de pacientes não só de Parnaíba, mas também, de cerca de
outros 10 municípios da região. Ele é o único hospital de referência para
atender a parte litorânea do estado e fechar a sua UTI é um atentado contra a
população. decidimos registrar um B.O. porque essa paralisação pode configurar
vários crimes, entre eles, omissão de socorro”,.
A situação também levou a Defensoria Pública da
cidade a ingressar com uma ação civil pública para garantir o atendimento no
Heda. Além da solicitação do Ministério Púbico Estadual à Polícia Federal para
abrir um inquérito para apurar a possível omissão de socorro médico e ainda
outras irregularidades no hospital, notícia mostrada pelo G1 no dia 5
de setembro.
Edição do Jornal da
Parnaíba | com informações do G1 PI
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