| Manifestações em Parnaíba (Foto: Darklise Albuquerque) |
Na presidência da República o serviço de
inteligência não antecipou absolutamente nada sobre as manifestações populares
de junho de 2013 (J-13). O serviço de inteligência não funcionou (O Estado de
S. Paulo de 23.06.13, p. A4). A jornada de junho tampouco foi prevista pelos
meios de comunicação, partidos, instituições governamentais ou privadas. “A multidão, como sublinhou Suzana Singer,
com seus gritos de protesto, deu um ‘looping’ nessas certezas – de que o país
estava bem – e deixou evidente que os canais de imprensa são insuficientes para
captar as mudanças de humos na sociedade. Os jovens se sentem mal representados
na mídia tradicional; há um abismo geracional” (Folha de S. Paulo de
30.06.13, p. A8). Ou seja: ninguém antecipou a revolta popular mais contundente
e eletrizante, depois da redemocratização (1985). Por quê?
Foram aplicados questionários em 39 países,
separados por três diferentes categorias – economias avançadas, mercados
emergentes e países em desenvolvimento econômico, baseado nos grupos de renda
do Banco Mundial, tipo de economia e classificação de especialistas.
Em maio de 2013 a pesquisa dizia que, em média, 53%
dos países com mercados emergentes acreditavam que suas economias iam bem, em
comparação com 33% dos países pouco desenvolvidos e 24% de países com economia
avançada. Estão particularmente negativas (as economias) em países Europeus
como a França (9% de satisfação positiva), Espanha (4%), Itália (3%) e Grécia
(1%). Participantes em mercados emergentes como China (88%) e Malásia (85%)
disseram que a economia vai especialmente bem. No Brasil, 59% dos participantes
da pesquisa se disseram satisfeitos com o país em termos econômicos.
A Espanha foi o país entre os de economia avançada
com maior diferença entre os anos de comparação. Em 2007, 65% dos entrevistados
consideravam que a economia ia bem, já em 2013, apenas 4% tinha a mesma
opinião, uma variação de 61 pontos percentuais. O Reino Unido que em 2007 tinha
69% de entrevistados satisfeitos com a economia, em 2013 teve uma queda de 54
pontos, registrando apenas 15% de satisfação. Já a Itália teve uma queda de 22
pontos, passando de 25% de satisfação para apenas 3%. A média de satisfação
entre os países
Entre os países em desenvolvimento também há um
pessimismo. O Paquistão que em 2007 teve um nível de satisfação da economia em
59% apresentou uma variação de 42 pontos, registrando em 2013 apenas 17% dos
entrevistados satisfeitos. O Egito, que teve uma diferença de 30 pontos, passou
de 53% de satisfação em 2007, para 23% em 2013. Gana passou de 57% para
37%, registrando queda de 20 pontos na satisfação. Entre os países em
desenvolvimento a média de satisfação foi de 49%, em 2007, e 25% em 2013, uma
variação negativa de 24 pontos.
Entre os países de mercado emergente, a maior
variação foi do México, que registrou uma variação negativa de 13 pontos,
passando de 51% em 2007 para 38% de satisfação em 2013. A Argentina passou de
45% em 2007 para 39% em 2013, quando registrou uma diferença de 6 pontos. A
Rússia teve uma queda de 5 pontos na satisfação, passando de 38% em 2007 para
33% em 2013. Contudo, a China que teve o maior índice de satisfação, 82% em
2007 e 88% em 2013, teve um aumento de 6 pontos. Turquia, Malásia, Chile e
Indonésia também tiveram alta. A Indonésia registrou o maior crescimento, 14
pontos entre 2007 e 2013.
O Brasil registrou um índice de 59% de satisfação
da economia em 2013, porém, foi impossível fazer uma comparação, já que não
houve dados do país para 2007, assim como África do Sul que registrou 44% de
satisfação em 2013. Embora tenha tido uma queda de 2 pontos, a média atual de
satisfação dos países emergentes é a mais alta, 48% em 2013.
Jornal da Parnaíba | Por: LUIZ FLÁVIO GOMES, jurista e
coeditor do portal atualidades do direito. Estou no luizflaviogomes@atualidadesdodireito.com.br
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Um comentário:
Porque, antes deles serem do serviço de inteligencia, eles também são pessoas oriunda do povo. Nao são surdos e nem cegos. Acreditem, ha servidores que estão a 10(DEZ) anos sem aumento de salários. Desde que PT assumiu. Sao 8(oito) anos de um(molusco) e mais 2(dois) de outro(T &A, com a perspectivas de 16(dezesseis)anos, mais 2(dois) e com a releição 4(quatro.Parece uma equação matemática, mas se usar um pouco de inteligencia entendera o problema.
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