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| Pedro Álvares Cabral aos 32 ou 33 anos de idade em uma pintura do início do século XX. Não há registros de retratos de Cabral contemporâneos à sua época |
Filho de uma família nobre e de longa tradição na corte portuguesa, Cabral
(1467-1520), era muito estimado por Dom Manuel, rei de Portugal.
Em 1500, essa confiança se materializa na nomeação
de Cabral para a segunda grande expedição a Índia. Cabral saiu de Lisboa no dia
9 de março do mesmo ano, com uma frota de 13 navios, pretensamente para repetir
a rota de seu antecessor, Vasco da Gama, dois anos antes. Cabral, no entanto
rumou para o sudoeste, com o objetivo de conhecer as possíveis terras às quais
teriam direito pelo Tratado de Tordesilhas. No dia 22 de abril de 1500,
Cabral chegou a Porto Seguro, no atual Estado da Bahia, batizando o local de
Ilha de Vera Cruz.
Por muito tempo, acreditava-se que a chegada de
Cabral ao Brasil teria sido "por
acaso", hipótese já descartada pelos historiadores. Cabral passou
apenas dez dias no Brasil, seguindo depois numa desastrosa viagem para a Índia,
em que perdeu quatro dos seus navios no Cabo da Boa Esperança. Entre os mortos,
estava Bartolomeu Dias, que havia descoberto o cabo em 1488. Na viagem de volta
da Índia, mais dois navios afundaram, e Cabral chegou a Portugal com apenas
quatro embarcações, no dia 23 de junho de 1503. Apesar de contente com a
expedição, Dom Manuel nunca mais nomeou Cabral, que passou seus últimos anos na
sua fazenda, em Beira Baixa. Seu túmulo só foi identificado em 1848, pelo
historiador brasileiro Francisco Adolfo Varnhagen.
Jornal da Parnaíba

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