segunda-feira, fevereiro 11, 2013

Polícia estoura comércio sexual de adolescentes em Parnaíba

Maria Auridéia da Conceição sendo conduzida
a Central de Flagrantes
Duas mulheres foram presas, pela Polícia Militar na tarde deste domingo (10), sob acusação de abuso e exploração sexual de adolescentes no bairro Reis Veloso, em Parnaíba. As mulheres foram identificadas como Daiane da Silva Santos, 29 anos, e Maria Auridéia da Conceição, 37 anos.

Cleonice Matos, presidente do Conselho Tutelar de Parnaíba, disse que havia a denúncia de exploração sexual na Avenida de São Sebastião. Após um trabalho no combate a este tipo de crime, a equipe do conselho resolveu apurar. Matos disse que Daiane Santos foi flagrada com uma menina de 16 anos. A duas foram levadas para a Central de Flagrantes por uma guarnição da Polícia Comunitária liderada por Farlon Machado, soldado da Polícia Militar.

Após um interrogatório, os conselheiros e a polícia foram a uma residência onde funcionava o crime. No local se depararam com Maria Auridéia e outra menina, de 16 anos, onde depois foram encaminhadas para a delegacia.

Uma das meninas exploradas sexualmente (à esquerda)
e uma das mães (à direita).
As meninas declararam que as duas mulheres eram responsáveis pelo negócio. Uma delas afirmou que eram pagos R$ 20,00 por programa. O acordo era que o valor fosse dividido entre as garotas e as agenciadoras. Mas segundo as duas meninas que eram exploradas, as mulheres tomavam todo o dinheiro através de ameaça. A conselheira Cleonice Matos revelou que as ameaças eram fetais com armas brancas.

Uma das meninas disse que, mesmo desfalecidas, as agenciadoras jogavam água nelas para que acordassem para continuar o trabalho, devido à procura de clientes. Benedita Silva Pereira, mãe de uma das meninas, disse que sabia de tudo e que já tentou por várias vezes impedir, mas sua filha fugia de casa. Segundo Pereira, além da exploração há também o uso de drogas, fato confirmado pelas adolescentes apreendidas.

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Segundo informações colhidas pelo Conselho Tutelar, Maria Auridéia, também explorava as próprias filhas. Está negou as acusações alegando que era sustentada pela mãe e que não precisava deste trabalho. José Maria Gomes dos Santos, pai da outra menina declarou não ter proximidade com a filha, para evitar que acontecesse o crime.  O soldado Farlon Manchado evidenciou que há muitos casos como este em Parnaíba e que o principal motivo está na ausência da família.

Edição: Jornal da Parnaíba | Por Daniel Santos/PCN

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