
Embora reconheça o esforço dos carnavalescos de
Parnaíba que com parcos recursos levam o melhor que podem para a avenida, os
autores de samba enredo, em retratar Parnaíba e seus personagens marcantes,
mais uma vez notou-se a ausência de enredo mostrando um dos fatos marcantes do
ano. A exemplo do ano passado, quando o jurista parnaibano Evandro Lins e Silva
completaria 100 anos e esperava-se que alguma escola de samba de Parnaíba
trouxesse como tema principal a história desse parnaibano ilustre para a
passarela do samba (reveja: Centenário do Jurista do Século passa em branco nas homenagens de Momo em Parnaíba), desta vez foi esquecido os 100 anos de glória do Parnahyba
Sport Club.
Todos sabemos da importância do Parnahyba dentro da
história do futebol piauiense bem como dos seus fundadores e dirigentes,
destaque especial para o Senhor Pedro Alelaf que deu seus préstimos ao clube
como atleta e dirigente. O comendador não deixou um centavo de dívida para os
dirigentes futuros. Seu irmão, Salomão Alelaf, os filhos Pedrinho Alelaf, Petrarca e Hélio Alelaf também foram atletas do Parnahyba. Esta rica história bem que poderia ter sido contada no
corredor da folia em 2013.
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| Pedro Alelaf nos anos 40, o terceiro da esquerda para direita |
Fundado em 1913, o clube é o mais antigo do estado,
sendo recordista de público e renda nos Campeonatos Piauienses de 2004, 2005 e
2006.
O hino do Tubarão do Litoral foi composto
originalmente por R. Petit, o hino do clube transformou-se anos mais tarde
no hino oficial da Cidade de Parnaíba, desde então o Hino do Parnahyba Sport
Club vem fazendo parte de todas as cerimônias oficiais tanto do clube quanto da
cidade.
A Fundação:
Em sessão solene realizada a 1° de maio de 1913, os desportistas parnaibanos reunidos sob a presidência do Industrial José de Moraes Correia, deliberaram, por unaminidade, fundar um clube de futebol com o nome de Parnaíba Sport Club.
Na solenidade de fundação foi eleita a primeira deretoria, sendo composta por:
Presidente: José de Moraes Correia; Vice-presidente: Ozias de Moraes Correia; Secretário: Colibri Alves; Tesoureiro: Oton Ramos; Orador: Hilton Lopes; Diretor de Esporte: José Leite; Diretor Técnico: Mario Reis.
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| Primeiro estádio de Parnaíba, edificado onde hoje fica o Colégio Diocesano antigo Colégio São Luis Gonzaga e pertencia ao Parnahyba Sport Clube |
Em 1920 José de Moraes Correia leva o time ao Rio de Janeiro, lá o desempenho não poderia ter sido melhor, os nomes Leiteiro, Colibri, Ramos e Mário ocuparam as colunas esportivas dos jornais cariocas; foi a consagração do futebol piauiense e a recompensa por tantos esforços a um esporte que já estava nascido em todo o Piauí e no Brasil.
Recesso e
Reativação:
Afazeres profissionais distanciaram os dirigentes, e consequentemente, "O Mais Querido" - título dado pelo povo parnaibano - sofreu uma prolongada inatividade.
Em 1936, Pedro Alelaf reúne outros bons jogadores e reativa o Parnaíba, que surgiu com um plantel famoso, destacando-se os nomes de Zé dos Santos, Medeiros, Vavá, Ricardo Lira, Brasilino, Odilon e Aleixo.
Neste mesmo ano (1936) assume a Presidência do clube o médico João Orlando de Moraes Correia, grande desportista e conhecedor profundo das regras e da legislação desportiva, organizou a nova entidade solidamente. No jogo de reinício de atividades o Parnaíba goleou o Flamengo por 5 a 2, em 7 de dezembro de 1936.
Depois dêle vieram outros importantes e ilustres
presidentes, que tiveram grandes momentos na vida do clube: Leônidas Mourão,
Nemésio Câmara, Elias Magalhães, Sargento Zemaria, Abelardo Teixeira, Antônio
Gutemberg, Dr. João Silva Filho, José Caldas e Elias Ximenes do Prado, último
da fase amadora.
Excursão de
1945:
Neste ano o Parnahyba fez uma excursão ao estado do Maranhão, onde disputou três partidas. Os jogadores que participaram desta empreitada foram: Toinho, Chicão, Barros, Luizão, Zé David, Ição, Miguel Nascimento, Zezé, Luís David, Pantone, Salomão, Valdemar, Leiterinho, Abraão, Cangalha e Cardoso.
Os jogos: vitória por 3 x 2 sobre o Maranhão Atlético Clube, empate por 1 a 1 com o Sampaio Correia e apenas uma derrota para o Moto Club, sob o score de 5 x 1, por desonestidade do juiz, que escandalosamente tomou a partida.
Estádio
Internacional:
CT Petrônio Portela (antigo Estádio Internacional e
posteriormente Estádio Petrônio Portela). Considerado o berço do futebol
parnaibano, a história do estádio Petrônio Portela se confunde com a história
do Parnahyba. Construído na década de 1920, pela Casa Inglesa, foi batizado
originalmente por Estádio Internacional. Seu estilo arquitetônico semelhante
aos estádios ingleses da época, único no Brasil, era símbolo do glamour das disputas
do Campeonato Parnahybano no século passado.
Com o fechamento da Casa Inglesa, o estádio é
colocado à venda, sendo comprado pelo Governo do Estado do Piauí, na pessoa do
então-governador parnaibano Alberto Silva, sendo, em 1973, doado ao
Parnahyba Sport Club.
Após as construções do Estádio Municipal Mão
Santa, o Parnahyba deixa, definitivamente, de mandar seus jogos do Petrônio
Portela, que, "esquecido" começa a sofrer aos danos provocados pelo
tempo e a falta de manutenção até a destruição da arquibancada estilo inglesa.
Restando apenas as ruínas da estrutura original, a
diretoria do Parnahyba resolve, em 2008, iniciar uma grande reforma de
restauração e ampliação no estádio, transformando-o no Centro de Treinamentos
da equipe profissional e das categorias de base. As primeiras etapas, que
consistiam na recuperação da estrutura administrativa já foram contempladas.
Letra e Hino:
Composto originalmente por R.Petit, o hino do clube transformou-se
anos mais tarde no hino oficial da Cidade de Parnaíba, desde então o Hino do
Parnahyba Sport Club vem fazendo parte de todas as cerimônias oficiais tanto do
clube quanto da cidade.
Ó Parnaíba,
Teu nome exprime
Em nosso peito
Ardor sublime
Que nos inspira a repetir a doce escala
Da voz do rio que te envolve que te embala
Teus filhos bravos
No embate rudo
Fazem do peito
Um bronzeo escudo
ESTRIBILHO - E quem da luta
Todo ardor não liba
Ao som do brado:
Salve ó Parnaíba
Possues o brilho
Da paz bendita
Que sobre nós
Fulge e palpita
Ao sopro forte do Nordeste a vida canta
Nessa oficina de labor que nos encanta
Do nosso esforço
Vem a surgir
A glória excelsa
Em teu porvir
ESTRIBILHO
A doce sombra
Da paz suprema
Progredir sempre
É o nosso lema
Onde a bravura destemida enfim assome,
Nos lembra o rio que te deu tão grande nome
Teus filhos bravos
No embate rudo
Fazem do peito
Um bronzeo escudo
ESTRIBILHO - E quem da luta
Todo ardor não liba
Ao som do brado:
Salve ó Parnaíba
Possues o brilho
Da paz bendita
Que sobre nós
Fulge e palpita
Redação do Jornal da Parnaíba | Pesquisas no Wikipedia
no site do Parnahyba Sport Club
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