![]() |
Alberto Silva, dirigiu o estado por duas vezes |
Em sua história recente, o Piauí quebrou três
vezes. A primeira foi em 1990, no segundo governo Alberto Silva. Uma onda de
greves paralisou a administração pública. O governo perdeu por completo o
controle das finanças e o Banco do Estado do Piauí (BEP), uma instituição quase
cinquentenária, foi à bancarrota, sendo fechado pelo Banco Central.
O Estado foi reorganizado, a duras penas, no
governo seguinte, de Freitas Neto. Inclusive o finado BEP foi ressuscitado.
Porém, o Estado entrou em falência outra vez, no primeiro governo Mão Santa,
quando teve que se desfazer da CEPISA – a joia da coroa – para juntar dinheiro
para pagar a folha de pessoal.
O que levou o Governo do Piauí à quebradeira,
naquela ocasião, foi sobretudo um aumento salarial que o governador
inadvertidamente concedeu aos secretários de Estado. Houve um efeito cascata. A
folha explodiu, e o Estado perdeu o equilíbrio financeiro, vindo a atrasar o
pagamento dos salários do funcionalismo.
O Piauí contrariou o dito popular e mostrou que um
raio cai mais de uma vez no mesmo lugar. Assim, a terceira vez que o Estado
quebrou foi no segundo governo Wellington Dias. O total de servidores públicos
cresceu 50% em seus dois mandatos, e o valor da folha de pessoal saltou em
quase 500%. Houve muita gastança.
Uma das medidas a que o governo lançou mão para não
fechar o Estado foi vender o Banco do Estado outra vez. O BEP já era lucrativo,
mas teve que ser incorporado ao Banco do Brasil. Não foi o suficiente. Então, o
Estado recorreu a empréstimos. Um por cima do outro, chegando a mais de R$ 1
bilhão e 300 milhões.
Agora o governo Wilson Martins está no desespero
tentando liberar novos empréstimos para justamente pagar empréstimos e tentar
aliviar a situação financeira do Estado. E nada pode dizer sobre a “herança
maldita”. Quando o Piauí quebrou pela segunda vez, ele era líder do governo.
Quando o Estado quebrou pela terceira vez, ele era vice-governador.
Edição: Jornal da Parnaíba | Por Zózimo Tavares/Diário
do Povo
Nenhum comentário:
Postar um comentário