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Professor Dr. José Milton Barbosa, Engenheiro de Pesca |
Pesquisador afirma que número de piranhas no
Portinho irá aumentar com a colocação de alevinos que servirão aumentar a sua
cadeia de alimento.
Nesta semana, foi divulgada nota afirmando que na
quinta-feira (22) seriam introduzidos 210 mil alevinos na Lagoa do Portinho
visando o controle biológico da proliferação de piranhas naquele
importante balneário. Os alevinos a serem introduzidos serão: tilápia,
tambaqui, curimatã, carpa, caramujo e camarão de água doce.
A idéia é fornecer alimento às piranhas,
mantendo a cadeia e predadores naturais para o controle da espécie. A ação foi
reivindicada pelo vereador Fernando Gomes (PCdoB).
Segundo Fernando Gomes, a placa fixada às margens
da lagoa onde informa o risco do ataque de piranhas cumpriu seu papel
ao orientar as pessoas. “É chegada a hora de rever a permanência dela (placa),
com o controle biológico, acreditamos que cessarão os ataques, a exemplo do que
aconteceu no açude do Bezerro”.
O professor Dr. José Milton Barbosa (foto acima), engenheiro de
pesca, que tem experiência na área de Recursos Pesqueiros e
Engenharia de Pesca, com ênfase em ictiologia aplicada e aquicultura:
alimentação, crescimento e comportamento social de peixes, atualmente
pesquisador da Universidade Estadual do Maranhão e um dos mais conceituados do
Nordeste, disse que, povoar forrageiras da piranha é uma tentativa lotérica.
“Na década de 1980, ocorreu fato semelhante e na
oportunidade foi sugerido a introdução do Tucunaré (Cichla sp.), para controle
da piranha - não para sua alimentação. Possivelmente a "piranha" do
Portinho é do gênero Serrasalmus, ou seja "pirambeba" e não a piranha
verdadeira: Pygocentrus sp. Apesar do tucunaré ser uma espécie não nativa -
desaconselhável para povoamento, no caso de Portinho se justifica, pois a lagoa
já tem sua fauna nativa depauperada”, afirma José Milton.
“Creio que o mais correto seria estimar a fauna de
"piranhas" ou "pirambebas" e povoar com um predador. Pois,
se alimentamos as "piranhas" teremos, teoricamente, mais piranhas e
certamente mais problemas”, finaliza o estudioso em espécies de
peixes.
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Jornal da Parnaíba | Tacyane Machado/Proparnaiba
6 comentários:
Como as piranhas caçam?
As piranhas podem sentir o "cheiro" de uma gota de sangue em 200 litros de água. Também percebem as vibrações dos movimentos de animais feridos, em seu ambiente aquático. É assim que localizam suas presas.
Piranhas alimentam-se principalmente de outros peixes, mas não dispensam aves feridas, jovens sucuris e carcaças de animais. Por vezes, as piranhas ficam perto de suas vítimas, até que elas se acostumem com a sua presença, para então atacá-las. Mas elas não saltam das águas para morder pessoas nas praias, como se vê em filmes.
Quando as águas da Lagoa do Portinho recuam e deixam o seu habitat natural com pouca água. As piranhas aprisionadas no lago tornam-se cada vez mais famintas e irritadas, podendo até atacar pessoas para proteger seus ovos ou filhotes. Um dos grandes problemas e que os órgãos responsáveis não estão atacando de forma correta são as represas que estão sendo construídas nas margens da lagoa com bombas gigantescas retirando água para deixar suas represas abastecidas e secando o lago (rio) Portinho.
Aumento de ataques de piranhas
Uma pesquisa, publicada em 2004, mostrou que o aumento do ataque de piranhas aos banhistas se deve à construção de represas que diminuem a vazão dos rios. Piranhas preferem se reproduzir em águas mais calmas e por isso houve um aumento em sua população.
O estudo foi realizado pelo médico Vidal Haddad Júnior e pelo zoólogo Ivan Sazima, da Unicamp, sobre os ataques de piranhas a pessoas, em Santa Cruz da Conceição, em São Paulo. Após o represamento do rio da região, o Mogi Guaçu, foram registrados 38 ataques em cinco finais de semana.
Ciclo reprodutivo das piranhas
Segundo Sazima, represar um rio pode aumentar dez vezes a população de piranhas ali existente. Mas os ataques também aumentam no verão, quando acontece o ciclo reprodutivo das piranhas. É a mesma época em que o número de banhistas nas praias dos rios é maior.
Para proteger seus filhotes, machos e fêmeas mordem os intrusos, como um sinal de alerta. "As piranhas estão dizendo: afaste-se de meu ninho", afirma o pesquisador da Unicamp.
Importância ecológica e nutricional das piranhas
As piranhas, como todos os predadores, são importantes para o equilíbrio ecológico do ambiente. Elas contribuem para a limpeza das águas, pois devoram carcaças que, de outra forma, apodreceriam nos rios.Entretanto sua população em locais que servem de lazer, como é o caso da Lagoa do Portinho é preciso ser controlada. É SÓ ISSO, BASTA CONTROLAR SUA POPULAÇÃO! O QUE ESTÃO FAZENDO PELO VISTO VAI É AUMENTAR O ATAQUE AOS SERES HUMANOS.
As piranhas não atacam os homens, defendem o seu território já tão degradado quando invadido.
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