![]() |
Instituto Dom Barreto em Teresina teve o segundo melhor desempenho do país no Enem 2010 |
Acostumado a estar entre os destaques nacionais de
qualidade, o Instituto Dom Barreto procura fazer da escola uma extensão da casa
do aluno. Afinal, os estudantes passam oito horas do seu dia por lá, de segunda
a sábado -- entram às 13h e saem 20h50, no caso dos alunos do ensino médio.
Eles fazem duas pausas para o lanche, uma às 16h e outra às 19h. "Na nossa escola, os alunos se sentem em casa
e, em casa, [eles] se sentem na escola. Os professores são conselheiros e
amigos dos alunos e eles também fazem da escola seu lar. Tradicionalmente, os
filhos dos nossos docentes também estudam na escola", explica a
coordenadora pedagógica do ensino médio, Marcela Rangel.
Leia também:
Com mensalidade de R$ 695 para o ensino médio, a
concorrência no Dom Barreto chega a 30 candidatos para cada vaga -- processo
que é realizado anualmente por meio de provas e entrevista.
O valor mensal desembolsado pelos responsáveis é
baixo, se comparado com os quase R$ 3.000 da escola com maior nota no Enem, o
Colégio Vértice de São Paulo. No entanto, o investimento supera bastante o que
o governo considerou o mínimo a ser investido por aluno -- em 2011, um aluno do
ensino médio no Estado
do Piauí será de R$ 2.066,46 durante o ano todo.
Localizado em Teresina, o colégio apresenta um
ritmo diferente das demais instituições e, por isso, ele dá preferência aos
alunos que cheguem até o 1º ano do ensino médio. “Fica complicada a adaptação
do aluno com o novo sistema de ensino junto com a preparação para o processo
seletivo”, explica. “Se um aluno é transferido para outra escola no 2° ou no 3°
ano do ensino Médio aquela vaga vai ficar em aberto. Podemos abrir uma exceção
para ex-alunos, mas é muito difícil isso acontecer”, afirma a coordenadora.
Segundo Marcela, os horários mais longos e a disciplina para o estudo são
heranças da época em que a escola funcionava em regime de internato.
A mentalidade no Dom Barreto é clara: a escola quer
preparar os estudantes para que eles "atinjam os resultados de ótimo a
excelente", segundo Marcela. Além de seguirem uma rotina rígida de
estudos, com carga horária acima dos dias letivos mínimos exigidos por lei, a
instituição estimula a participação dos alunos em competições organizadas pela
própria escola e em Olimpíadas nacionais e internacionais de matemática, física
e química. “Já participamos de olimpíadas no Irã e Azerbaijão. Todos os anos os
alunos participam da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica. Estamos
preparando os alunos para irem a Suíça e África no ano que vem”, conta.
Parte do treinamento dos estudantes é em relação à
pressão e ao tempo das provas. “Eles aprendem a administrar o tempo para se
desempenharem melhor nas provas”, conta Marcela. Aos sábados, muitas das
"aulas" são simulados no estilo dos processos seletivos. "Eles
estão sendo preparados para obterem os melhores resultados nos vestibulares de
todo o Brasil e ainda ingressarem em carreiras de pós-graduação, como mestrado,
doutorado e pós-doutorado", disse.
Além das matérias da grade curricular normal, os
alunos têm aulas de xadrez (para desenvolver o raciocínio lógico e
estratégico), nanotecnologia, robótica e até latim. Filosofia e sociologia já
faziam parte da rotina antes de se tornarem obrigatórias.
O resultado de tanto esforço, segundo Marcela, é
visível nas listas de aprovados nos vestibulares. “Dos alunos que se submetem a
vestibular, 90% são aprovados”, diz a coordenadora pedagógica.
Com 3,3 mil estudantes matriculados na educação
básica (ensinos infantil, fundamental e médio), a escola diz combinar as linhas
tracional e construtivista (veja
a diferença entre elas aqui). Os estudantes usam livros didáticos e também
têm um reforço de apostilas elaboradas pelos próprios professores, na forma de
fotocópia.
As turmas têm no máximo 35 alunos.
Os professores, segundo a coordenação da escola,
têm, no mínimo, especialização para dar aula no ensino infantil. Já os profissionais
do ensino fundamental têm mestrado -- a pós-graduação strictu senso é requisito
obrigatório para os docentes do ensino médio ainda segundo a direção da escola.
Clique AQUI e
saiba mais informações de Parnaíba e região.
Jornal da Parnaíba | Por Fran Aliny Gama/UOL
Um comentário:
algo de bom no piaui
Postar um comentário