O secretário de Educação do Piauí, Atila Lira,
disse que vai rever o caso da professora Wanda Pinheiro, demitida no dia 22 de
agosto da Escola Estadual Ricardo Augusto Veloso, na cidade de
Luís Correia, depois que pediu a um aluno do ensino fundamental fosse modelo nu
para uma aula que abordava a mitologia greco-romana. Os demais estudantes o
desenhariam, como uma escultura.
Uma comissão já foi constituída para rever o
processo, segundo o secretário, e ela pode ser readmitida.
- Recebemos muitos questionamentos de que a
professora não teve um direito de defesa justo. Vamos ouvi-la e rever a sua demissão.
Estamos tratando o caso com mais segurança e sem pressão - fala o secretário,
também deputado federal pelo PSB.
A pressão a que ele se refere diz respeito à
denúncia feita pelo Conselho Tutelar. Quando um dos alunos, que se ofereceu
para ser o modelo, abaixou as calças, uma das colegas se mostrou indignada. Ela
reclamou com a família e o caso foi parar no Conselho Tutelar. Uma sindicância
foi aberta e a conclusão foi de que a professora cometeu falta grave,
descumpriu o estatuto do servidor público e a lei complementar que regulamenta
a educação no Estado.
Em entrevista ao GLOBO nesta semana, a professora
disse que se sentiu traída pela direção da escola, onde lecionava desde 2003,
que tinha conhecimento da atividade. Ela falou que nunca quis constranger os
estudantes.
- Um professor que ensina artes sofre muito
preconceito pelo estilo diferenciado de dar aulas - comenta Atila Lira.
A proposta era realizar um exercício de desenho de
observação do corpo humano diante de um modelo vivo, argumentou a professora
Wanda Pinheiro. Ao perguntar quem poderia mostrar o seu corpo, um aluno,
considerado o mais participativo da sala da 7ª série, retirou a blusa e baixou
a calça comprida até o joelho.
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Jornal da Parnaíba | O Globo
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