Os municípios de Ilha Grande e Luis Correia, no
litoral piauiense, farão parte da pesquisa de esquistossomose que está sendo
realizada pelo Ministério da Saúde.
O Ministério da Saúde iniciará uma pesquisa em
âmbito nacional para identificar, detalhadamente, os focos e os níveis de
contaminação causados pela Esquistossomose mansoni e Geo-helmintoses. A
esquistossomose é uma doença crônica, caracterizada, também, como uma
parasitose por organismo multicelular de forma grave. A pesquisa é denominada
Inquérito Nacional de Prevalência da Esquistossomose mansoni e Geo-helmintoses.
No Piauí, a realização do inquérito ficará a cargo
das Secretarias de Estado da Saúde (Sesapi) e da Educação (Seduc), já que o
público-alvo da pesquisa são estudantes de sete a 14 anos de idade, de 19
municípios piauienses, selecionados aleatoriamente pelo Ministério da Saúde. A
definição das estratégias de trabalho e explanação sobre as formas de
realização da pesquisa foi iniciada na manhã desta terça-feira (9), durante uma
reunião na sede da Sesapi.
A diretora de Vigilância e Atenção à Saúde, Telma
Evangelista, representando a secretária Lilian Martins, conduziu a reunião, que
contou com a presença do secretário de Estado da Educação, Átila Lira, do coordenador
de Vigilância em Saúde Ambiental, Inácio Lima, do coordenador técnico do
Laboratório Central (Lacen), Ronaldo Costa, do coordenador regional do
inquérito, Fernando Bezerra, além de outros gestores da área da saúde, no
Piauí.
Segundo o médico Fernando Bezerra, que veio à
reunião representando o Ministério da Saúde, a Esquistossomose é um grave
problema de saúde pública e está presente em 19 estados brasileiros. “A última
pesquisa desse tipo, aqui no Brasil, foi ainda na década de 1950. Precisávamos,
urgentemente, de uma nova pesquisa, de uma nova amostragem sobre a doença. E,
agora, iremos realizar, com o apoio dos órgãos estaduais”, disse.
O inquérito sobre a existência da Esquistossomose
se propõe a redefinir as políticas públicas direcionadas à profilaxia e
tratamento dessa e de outras doenças parecidas. Ainda de acordo com o projeto,
a meta é obter informações sobre como está acontecendo a propagação da
Esquistossomose no país, bem como avaliar a prevalência das alterações clínicas
produzidas pela doença.
No Piauí, o inquérito será gerido pela Sesapi e
pela Seduc. Essa, por sua vez, irá disponibilizar um corpo de profissionais
para selecionar, estatisticamente, as escolas e os alunos que serão focados
pela pesquisa. “Entendemos a necessidade desse trabalho e dedicaremos empenho
total para executá-lo”, disse o secretário Átila Lira.
Em todo o país serão examinadas 222.474 crianças de
sete a 14 anos, em 542 municípios das 27 unidades federativas. No Piauí, as
cidades que receberão a pesquisa são Pio IX e Picos, representando as áreas
endêmicas; Paulistana, Lagoinha do Piauí, São Miguel do Tapuio, Ilha Grande,
Inhuma, Jerumenha, Piracuruca, São Félix do Piauí, Miguel Alves, Altos, Wall
Ferraz, Batalha, Bocaina, São João do Arraial, Luís Correia, Floriano e
Teresina, representando as áreas não endêmicas. Somando todas as crianças
atendidas nessas 19 cidades, ao todo, serão 6.002.
Uma equipe irá atuar em cada cidade, executando o
projeto. A equipe terá supervisor, bioquímico e outros profissionais de laboratório,
agente de combate às endemias, agente comunitário de saúde e motorista. A
previsão para o início dos trabalhos do projeto é para este semestre. “Iremos
elaborar um planejamento detalhado, com custeios e escalas de profissionais, a
fim de começar a execução do inquérito. A Sesapi concederá total disposição
para a realização desta pesquisa, tão importante para o bem-estar da saúde
pública do Piauí”, declarou a diretora Telma Evangelista.
Jornal da Parnaíba com informações da CCom
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