Começa hoje o II Festival Jericoacoara - Cinema
Digital, que oferece seminários, oficinas, exibições de produções de
convidados, além de 50 filmes de 16 estados disputando o prêmio de R$ 5 mil na
Mostra Competitiva
Mais uma vez som, luz e câmeras descem o morro para ver o sol se pôr no vão da
pedra mais famosa do litoral cearense. Começa, hoje, a segunda edição do
Festival de Jericoacoara - Cinema Digital, que traz ao Ceará 50 filmes de 16
estados, além de oficinas de cinema digital, seminários, e produções de
diretores convidados.
O evento terá início às 20 horas, no Circo Jeri, com a exibição do filme
"Espelho Nativo", do realizador Philipi Bandeira. Trata-se de um
documentário de 52 minutos sobre a comunidade indígena cearense dos Tremembé.
Ao longo do festival, que prossegue até o dia 21 de junho, as produções serão
avaliadas por um júri composto por cinco profissionais ligados à área do
audiovisual.
Todas concorrem a uma premiação em dinheiro (R$ 5 mil), destinada aos melhores
filmes em cada categoria (ficção, documentário, animação e experimental) e,
ainda, ao Troféu Pedra Furada, criado pelo artista plástico Zé Tarcísio. Em
homenagem à chamada "Rota das Emoções" (que se inicia em
Jericoacoara, passa pelo Delta do Parnaíba e se estende até os Lençóis
Maranhenses), será também premiado com R$ 5 mil o melhor filme entre os estados
Ceará, Piauí e Maranhão.
Além de anfitrião, o Ceará se destaca ainda por contar com o maior número de
produções selecionadas: 12 ao todo. Logo depois está São Paulo, com 11 filmes
selecionados. Realizado pela Anhamum Produções e dirigido pelo cineasta Francis
Vale, o festival tem por objetivo contribuir para dar visibilidade à produção
audiovisual independente e descentralizada.
"Queremos mostrar a diversidade do novo cinema brasileiro, e as novas
pessoas que estão fazendo esse cinema acontecer, nas suas cidades e
comunidades, a cada dia", afirma Francis. "A relação do festival com
a comunidade é outro aspecto muito importante. Para contribuir com Jeri, o
festival acontece na baixa estação, ajudando a garantir maior movimentação na
cidade nesse período", complementa o diretor.
Dentre as homenagens prestadas, destaca-se o cineasta Nelson Pereira dos Santos
e os 75 anos do livro "Raízes do Brasil", que dá suporte ao seminário
do Festival. Durante o evento, será exibido o filme "Raizes do Brasil -
Uma Cinebiografia de Sérgio Buarque de Holanda", de Pereira dos Santos.
Ainda dele, "Meu Cumpadi Zé Kéti" também será apresentado, mais uma
boa homenagem, desta vez aos 90 anos de nascimento do sambista carioca José
Flores de Jesus.
Jornal da Parnaíba | Por Mayara de Araújo
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