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Curre - Antigo matadouro de Parnaíba (clique na imagem para ampliá-la e melhor compreendê-la) |
entre realizações das uteis construções.
Mas meu sonho de vê-la transformada numa bela
área de lazer com pesque e pague me despertou,
triste de coração partido por voltar a ver a realidade nua e
crua, clamando socorro para suas águas enlameadas entre
o lodo, o lixo trazidos, pelas vivas almas, lá dos ensacados,
lá dos enlatados, fétidos restos jogados em suas margens.
E o que há na desolada lagoa do bebedouro? O ermo!
Ah! Quem não paga pra ter um sonho, mesmo à luz do
dia para àqueles que os olhos trazem lembranças das
coisas que antes existia? Ou poderia hoje existir!
Antes suas margens eram visitadas por transeuntes e
banhistas e pescadores pescando o peixe cará e
branquinha. Quando criança já de olhos sagazes,
dos domingos vinha mergulhar nas tuas águas e admirar
O sol por sobre o bueiro.
Todo teu abandono faz tremer o tempo e os animais
que em tuas águas bebiam. Já ouve promessas...!
Falaciosas promessas..., pareciam santas, não se cumpriram
ficou no bolso do santo sem o nimbo.
O bairro São Francisco, São Vicente..., repele o pária, que
deu esperança como certeza? E o descaso como promessa
cumprida? Ainda vai existir num dia não tão distante
um ente de alma compadecida e elevada que venha
trazer lua a tua estrela apagada. Ó lagoa, teu clamor
não é em vão, pois é com satisfação que te queremos viva.
Autor: Di Carvalho
Professor e Artista Plástico
Parnaíba - Piauí
Edição: Jornal da Parnaíba
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