domingo, fevereiro 06, 2011

Crise: ZPE de Parnaíba agora é ZPE de Teresina

José Hamilton
Prefeito de Parnaíba
A não inclusão do município de Parnaíba como sócio da empresa gestora da Zona de Processamento de Exportações (ZPE) de Parnaíba está gerando uma crise entre vice-governador e o prefeito de Parnaíba. Para piorar a empresa que deveria ter sede em Parnaíba agora pertence a Teresina. Só falta mudar o nome para "ZPE de Teresina", porque de Parnaíba não é mais.

A implantação da Zona de Processamento de Exportações (ZPE) de Parnaíba, que se arrasta há vários anos, está provocando disputa entre o vice-governador Moraes Souza Filho e o prefeito da cidade, José Hamilton Furtado Castelo Brano. O prefeito acusa o governo do estado de ter transferido a parcela do município no controle administrativo da ZPE para a Fiepi, contrariando os interesses de Parnaíba.


O prefeito cita nominalmente o governador Wilson Martins, o vice-governador Moraes Souza Filho e o coordenador do PAC no Piauí e, cumulativamente coordenador do Comitê Executivo da ZPE, Mirócles Veras, como os responsáveis pelas mudanças que provocaram a retirada de Parnaíba da administração da ZPE. Moraes Souza Filho é ex-prefeito da cidade, seu pai, Antônio José Moraes Souza é o presidente da Fiepi que durante muito tempo teve sua sede na cidade e durante muitos anos representou Parnaíba na Assembléia Legislativa e Mirócles Veras é ex-vice-prefeito da cidade.
Moraes Souza Filho
Vice Governador do Piauí


Em nota de uma página publicada nos jornais de Teresina deste domingo (6), o prefeito de Parnaíba, José Hamílton, diz que havia sido acertado durante as tratativas para a instalação da ZPE de que o controle acionário da Empresa Administradora da ZPE seria dividido entre o estado (90%) e a prefeitura de Parnaíba (10%) e fez sua parte: "O poder público municipal, confiante, diligenciou com antecedência a autorização legislativa necessária, fazendo incluir no orçamento dotação para cobertura dos mencionados 10% que estavam sob sua responsabilidade, fixando, inclusive, os recursos na sua programação financeira".

Na nota, diz o prefeito que "quando, porém da criação da mencionada Administradora, o município de Parnaíba, sem aviso e para surpresa de todos os munícipes, foi substituida pela Fiepi (Federação das Indústrias do Estado do Piauí). Além disso, a empresa foi sediada em Teresina e não em Parnaíba". De acordo ainda com a nota, a empresa foi constituida no dia 20 de dezembro de 2010.

O prefeito denuncia que Parnaíba foi duplamente privatizada com ação, já que a cidade não terá participação influência na gerência da ZPE e, principalmente, pelo fato de sua sede ter sido transferida para Teresina. Apesar de se sentir traído, José Hamílton diz na nota que faz "votos no sentido de que aqueles que converteram em responsabilidade privativa, e exclusiva deles, a execução do projeto ZPE chegue a bom termo - a socidade assim espera. Em face do novo e surpreendente cenário, marcado pelo dito, pela dupla marginalização de Parnaíba, empenho-me em deixar claro: mantemos vivo o nosso entusiasmo pela implantação da ZPE. Continuaremos apoiando firmemente a sua implantação, no âmbito da autonomia e das competências do município, que, felizmente, não podem ser negadas ao nosso povo".

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Veja nota na íntegra:


Edição: Jornal da Parnaíba
Com inf. do Portal da Difusora

Um comentário:

ordepoliver disse...

Incrível como os políticos piauienses são verdadeiros noveleiros. Eles conseguem fazer uma enrolação danada e, no final, o eleitor, o cidadão, boquiaberto, fica perdido, sem saber pra que lado torcer. Mas aí vem a eleição...
Pra se ter uma idéia, o litoral do Piauí vive eternamente em construção: é a orla que não sai, os tabuleiros emperrados, a ZPE que virou novela, o Porto de L. Correia que é o verdadeiro caixa de campanha, enfim, agradeço a Deus por não depender em nada desses políticos safados. Comento porque fico com dó desse povo sofrido, porém acomodado, que são meus conterrâneos piauienses. Situação lamentável.
Reportagem do Diário, de hoje, estampa a decepção que foi a eleição passada, que merece uma reflexão: será que os políticos brasileiros e, em especial os piauienses, merecem concorrer à reeleição sem se afastar dos cargos? Algo tem de ser feito com urgência.