domingo, janeiro 23, 2011

Onde está o dinheiro da venda do BEP e Serra das Confusões?

Banco do Estado do Piauí, vendido ao Banco do Brasil
Foram R$ 332 milhões com a venda do BEP e das terras do Parque Nacional da Serra das Confusões que o estado do Piauí recebeu e precisa prestar contas aos piauienses.

Durante todo o segundo semestre de 2008, o então governador Wellington Dias festejou a venda do Banco do Estado do Piauí (BEP), operação a que o governo chamou de incorporação, como um negócio altamente vantajoso para o Estado. Segundo ele, o BEP estava sendo incorporado pelo Banco do Brasil por R$ 262 milhões, sendo R$ 82 milhões do patrimônio e R$ 180 milhões da fidelização (também venda) das contas do funcionalismo público.

O governador de então disse que os recursos provenientes da venda do BEP seriam usados para abater a dívida do Estado junto à União e também para abrir uma Agência de Fomento. Outra parte, no valor de R$ 20 milhões, seria destinada à Prefeitura de Teresina, como ajuda para a conclusão da Ponte do Sesquicentenário.

No apagar das luzes do governo Lula, o Congresso Nacional aprovou, às pressas, um projeto repassando R$ 150 milhões para o Governo do Piauí, como indenização pela ampliação do Parque Nacional da Serra das Confusões em mais 300 mil hectares.

O que aproxima os dois casos? A falta de prestação de contas da aplicação dos recursos. Até hoje, o Governo do Piauí não disse, publicamente, qual foi o destino dado aos recursos recebidos pela venda do BEP. Em todo esse período, apenas o senador Heráclito Fortes interessou-se em perguntar pelos recursos, mas o governo deu de ombros e fez ouvido de mercador.

Em relação ao repasse pela indenização da área incorporada à ampliação da Serra das Confusões, também não há informações oficiais sobre a destinação dos recursos. Não se sabe, ao menos, nem sobre o plano de aplicação dos recursos. Enquanto isso, as maledicências são muitas...

Se, quanto à venda do BEP, houve quem se preocupasse com a operação - o senador Heráclito Fortes - o mesmo não ocorre em relação à indenização da Serra das Confusões. O Piauí não tem mais parlamentar de oposição em Brasília para questionar e fiscalizar os atos e omissões do governo.

Edição: Jornal da Parnaíba
Fonte: Zózimo Tavares

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