quarta-feira, dezembro 29, 2010

Combustível do Piauí está entre os mais adulterados do país

A qualidade do combustível deve ser motivo de preocupação dos motoristas piauienses. As análises da Agência Nacional de Petróleo (ANP) evidenciam que o Piauí tem a quinta gasolina mais adulterada do país. Com o álcool a situação não é diferente: é o terceiro mais adulterado do país. Por isso, os motoristas devem ficar atentos na hora de comprar combustível adulterado feito para garantir uma maior margem de lucro aos postos.

Siga-me no Twitter!

Quando você abastece seu automóvel com combustível adulterado, a vida do motor é drasticamente reduzida, além dos riscos que você corre de ficar na estrada. Os problemas que os combustíveis adulterados provocam nos veículos variam conforme as substâncias utilizadas na mistura do combustível. Postos estão misturando solventes, água e adicionando mais álcool anidro do que o permitido por lei. “Os problemas provocados pela fraude da gasolina dependem do composto químico utilizado na adulteração e da tecnologia e modelo do veículo”, analisa o químico da Universidade Estadual do Piauí, Francisco Fabrício Lima.

Ele acrescenta que compostos químicos com alto teor de enxofre, por exemplo, podem provocar problemas no catalisador. Já a mistura de álcool acima do permitido por lei pode provocar um gasto maior de combustível e falhas no motor. “A longo prazo o veículo pode perder a potência e ter uma série de peças danificadas, como a corrosão do motor por conta dos compostos químicos da adulteração”, explica Lima.

De acordo com o químico, os principais problemas enfrentados pelos motoristas que abastecem os automóveis com gasolina adulterada são queda no rendimento do veículo, entupimento do catalisador, vazamentos, motor fundido, corrosão de borrachas e peças não metálicas.

A recomendação para os motoristas não caírem na propaganda enganosa dos preços baixos é abastecer somente em postos de confiança e tradição no mercado. “Abastecer em postos de confiança diminui os ricos de fraudes na gasolina e uma medida simples que o consumidor pode tomar para evitar dor de cabeça”, recomenda o químico Francisco Lima.

O levantamento da ANP apontou que no último trimestre de 2010 (setembro/ outubro/novembro), 3,6% da gasolina vendida nos postos do Estado apresentaram índices de adulteração. O índice é 0,3% maior que o registrado no trimestre anterior. O Piauí perde apenas para os estados de Rondônia (4,5%), Mato Grosso (5%), Alagoas (5,7%) e Pará (9,3%). A média brasileira é de 1,7%.

No caso do álcool, de cada 100 amostras do combustível pesquisadas no Piauí quase em cinco foram verificadas adulterações. O índice do último trimestre no Estado foi de 4,7%, quase o dobro do nacional (2,3%), e atrás somente de Minas Gerais (5,5%) e Alagoas (7%).

A ANP orienta também que os motoristas abasteçam o carro em postos que possuem campanhas de certificação de qualidade do combustível. E sempre desconfiar de preços abaixo do praticado no mercado. Combustível com preços bem menores do que a média do mercado pode ser um sinal de irregularidade. No entanto, alerta que gasolina mais cara não significa que não está adulterada. O correto, segundo a ANP, é abastecer em um posto de confiança e com programas de qualidade. A média de preços cobrados nos postos de combustíveis de Teresina, por exemplo, é de R$ 2,65 o litro de gasolina. Já o do álcool ultrapassou o valor médio de R$ 2,00. No entanto, em alguns postos a gasolina é comercializada a R$ 2,50 e álcool a R$ 1,87. Conforme a ANP, os postos têm de informar em locais de fácil visualização os preços dos combustíveis e são obrigados a ter o equipamento necessário para testar o teor de álcool na gasolina.

Este teste pode ser solicitado por todos os consumidores. Em caso de adulteração de combustível, o consumidor pode reclamar na ANP (0800 900267).

Clique AQUI e envie esta notícia a um amigo.

Edição: Jornal da Parnaíba
Fonte: Mayara Bastos Jornal O DIA

Nenhum comentário: