É preocupante a situação que está virando rotina nas vias de nossa cidade. O grande número de veículos (principalmente motocicletas), com muitas vias ainda com pouca ou quase nenhuma sinalização, e juntando-se a tudo isso, uma pitada de motoristas e motoqueiros irresponsáveis e totalmente inábeis para condução dos seus veículos, vem fazendo crescer uma estatística alarmante e perigosa.
O trânsito de Parnaíba em algumas vias lembra em muito algumas vias de grande circulação das metrópoles brasileira. O número de carros e motos só aumenta dia após dia, estrangulando assim, qualquer projeto que por ventura tenha sido elaborado pelos órgãos de transito. Faz-se necessário e urgente, estudos e aplicação de medidas para diminuir esses números, com pena de ainda precisarmos noticiar muitos e muitos acidentes, alguns deles infelizmente fatais.
O que se pode ver, em um pequeno passeio por nossas vias, são os ingredientes perfeitos para os acidentes. Pois então vejamos: Motoristas que não possuem o mínimo de conhecimento de Leis de trânsitos; sinalização confusa; motoqueiros fazendo das vias pistas de corrida particular, e muita falta de habilidade de alguns dos condutores.
O condutor deve entender que saber conduzir um veículo, não é só sentar, acelerar e frear. Isso qualquer criança sabe fazer. Conhece-se um grande condutor é na hora do aperreio. Quando se está a poucos metros de uma situação de risco, e precisamos pensar rápido e escolher a melhor manobra para evitar o acidente. São nessas horas, que conhecemos os condutores hábeis e preparados para circular em vias publicas e movimentadas.
Essas estatísticas negativas não devem ser imputadas somente às autoridades. O transito é feito por todos nós que transitamos nas vias, e todos devemos ter a consciência de qual é o nosso papel nesse conjunto todo, que precisa ser harmônico, caso contrário, estaremos pondo nossas vidas e a de outrem em risco.
O pedestre deve obedecer às regras. Atravessar somente nas faixas de pedestres. Parar em frente a elas e sinalizar gesticulando com o braço, informando aos condutores qual é a sua real intenção naquele momento. Os condutores devem parar seus veículos nas faixas de pedestres, eu disse parar nas faixas, e não sobre as faixas. Um fator preponderante quanto às faixas de pedestres e outras Leis de transito, que há tempos vem ocorrendo em Parnaíba, é a falta de educação de alguns turistas. Só para exemplificar: Há muito tempo venho observando várias e várias situações de veículos com placas de Brasília (DF), que simplesmente fazem de conta que as faixas de pedestres não existem. O interessante disso tudo é que a Capital Federal é conhecida exatamente pela educação dos condutores quando o assunto é faixa de pedestre. Para termos uma idéia, Brasília quase não possui semáforo (por não ter cruzamentos), a buzina quase não é utilizada e as faixas de pedestres respeitadas. O que podemos tirar disso tudo? Que esses mesmos condutores em sua terra natal respeitam as Leis talvez por ter medo de levar multas ou ser repreendido por outros condutores. Agora, se respeitam em suas cidades, porque quando chegam aqui pensam que estão chegando numa zona ou na casa da mãe Joana? Será que existe alguma determinação nos órgãos de transito para não multar carros com placas de outras cidades? O turista é muito bem vindo (até mesmo porque precisamos deles), mais precisa entender que aqui da mesma forma que em sua cidade existem Leis, e Leis foram feitas para serem cumpridas.
Por falar em cumprimento de Leis. Alguém poderia me disser por que a maioria dos carros e motocicletas da policia não possuem placas? Porque alguns policiais de transito mesmo, circulam sem capacetes ou fazem manobras proibidas? Talvez seja por isso que o cidadão comum ache-se no direito de também não respeitar, pois sabe ele, que pela constituição e pelas Leis de Deus, somos todos iguais.
O quesito moto taxista é uma capitulo a parte. Somos sabedores que emprego não está fácil em nossa cidade e em muitas outras cidades do Brasil. A profissão de moto taxista transformou-se quase que na única escapatória de sobrevivência para muitos parnaibano. Isso é bem verdade. Mais não podemos admitir, que pessoas que muitas das vezes nunca viu uma motocicleta na vida, de uma hora para outra se transforme num profissional com direito a carregar e colocar a vidas de passageiros em risco.
Muito se tem batido nessa tecla. Existe uma associação de categoria para cadastrar as pessoas interessadas nesse ramo de atividade. Os critérios de seleção devem ser rigorosos e além do trivial que são os documentos do candidato e do veiculo em dia, deveria ser feito outros testes de aptidão emocional e comportamental. Com algumas medidas cautelares, a categoria ficaria fortalecida e a população não ficaria tão temerosa em pegar um desses profissionais para se locomover pela cidade. Não esquecer também de uma reclamação constante dos passageiros de moto taxistas, que diz respeito à higiene dos capacetes utilizados pelos passageiros. Existem projetos vigorando em outras cidades que poderia ser adaptados às nossas realidades e como isso todos sairiam ganhando.
No mais, paciência e paciência. Devemos lembrar que 30 segundos ou mesmo um minuto que percamos fazendo a coisa certa, pode nos livrar de muitos atropelos e aborrecimentos.
Edição: Jornal da Parnaíba
Fonte:Walter Frota Fontenele/Portalphb.com.br
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