sexta-feira, outubro 29, 2010

Adulteração de combutíveis em Parnaíba está acima da média Nacional segundo a ANP

O Piaui tem índices de combustíveis adulterados maiores que a média nacional chegando a 8,6% no álcool e a situação de adulteração de combustíveis é mais crítica na região 2, que compreende os postos nas cidades de Parnaíba, Campo Maior e Piripiri.

O resultado da gasolina vendida nos postos piauienses é igual à média nacional, que também fechou o boletim com 1,2% de adulteração. Já a taxa do álcool é quase a do dobro da anotada no país (2,1%). No último trimestre, um total de 715 amostras dos combustíveis álcool e gasolina foi analisado pela ANP, sendo que em 14 delas foram identificadas adulterações. Um posto, este localizado na PI 112, entre União e Miguel Alves, foi autuado e interditado.

A situação de adulteração de combustíveis no Piauí é mais crítica na região 2, que compreende os postos nas cidades de Parnaíba, Campo Maior e Piripiri. Nesta região, o índice de não conformidade do álcool é de 8,6%. Já da gasolina a pior situação é verificada na região 3, que fica entre os municípios de Picos, Floriano e Oeiras que fechou o mês em 1,5%.

Gasolina adulterada é aquela que não está dentro das especificações legais, ou seja, que possui mais álcool ou mais solventes do que a lei permite. Apesar da lei fixar em 2% o limite máximo de solvente a ser misturado na gasolina e em 24% o do álcool, muitos postos não estão respeitando estes valores. Isso ocorre porque ao adulterar a gasolina aumentando a mistura de solventes, que são produtos químicos mais baratos, o dono do posto melhora a rentabilidade do negócio em até 10%.

A ANP, Agência Nacional do Petróleo, é a responsável pela fiscalização da rede de distribuidoras e postos de combustíveis, mas para isso conta com apenas 85 fiscais para inspecionar as 170 distribuidoras e cerca de 23 mil postos. Além disso, a falsificação da gasolina é difícil de ser detectada. Se a concentração do solvente for inferior a 25%, apesar de estar muito além do permitido em lei, dificilmente a mistura será notada. Essa análise só é possível nos melhores laboratórios do país, o que dificulta ainda mais a fiscalização.

Edição e complemento do Jornal da Parnaíba
Fonte: Portal AZ

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