segunda-feira, setembro 06, 2010

Fraude: empresas do litoral piauiense vendiam madeira para amazônia

IBAMA em Parnaíba
Ibama autua e multa em R$ 1,5 milhão sete madereiras em Parnaíba e Luis Correia, no litoral piauiense, por fornecerem documentos para desmatamento da Amazônia. As empresas vendiam apenas no papel, maadeira para as madeireiras da Amazônia.

Os fiscais do Ibama (Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) no Piauí, autuaram e multaram em R$ 1,5 milhão, sete madeireiras em Parnaíba (345 km de Teresina) na Operação Limpeza. O analista ambiental do Ibama Adelquis Stanley Monteiro Santiago da fiscalização do IBAMA, informou que as sete madeireiras de Parnaíba estavam praticando irregularidade contra o sistema DOF (Documento de Origem Florestal).
Madeiras de Parnaíba vendiam para
empresas da amazônia
Ele disse que as madeireiras em Parnaíba estavam recebendo o DOF de outras madeireiras fornecedoras de outros Estados do : Pará, Amazonas, Roraima e Maranhão. Elas vendiam a madeira para o mercado piauiense e não entregavam para o consumidor. Porém, não davam baixa em seus estoques. As madeireiras enviavam de volta para os Estados de origem como Amazonas, Pará , Roraima e Maranhão os DOFs para que as empresas desses estados pudessem praticar o desmatamento ilegal acobertados com os documentos..

"As madeireiras de Parnaíba emitiam os DOS para outras empresas desses Estados de origem Eles mandavam de volta com a finalidade de acobertar o desmatamento ilegal na região amazônica" disse Adelquis Stanley.

A Operação Limpeza foi feita em Parnaíba e em Luis Correia, no litoral piauiense. Cada uma das madeireiras de Parnaíba tinha em seu poder sete DOFs para repassar os créditos para as madeireiras desmatarem ilegalmente a Amazônia.

“Os proprietários das madeireiras acobertavam ilegalmente o desmatamento da Amazônia”, declarou Aldequis Stanley.

Os donos das madeireiras irão responder inquéritos abertos na Polícia Federal (PF) por prestação de informaç~pes faltas em sistemas de controle e poderão ser punidos com penas de três a seis anos de prisão.

As madeireiras tinham de 4 metros cúbicos a 300 metros cúbicos de madeira em seus galpões em Parnaíba. Elas comercializam madeira nobre como cupiúba, camaru, ipé e muiriacatiara, todas passíveis de corte e nobre.

As sete madeireiras também tiveram suas atividades suspensas por tempo indeterminado pelas irregularidades. O Ibama do Piauí irá enviar para as Superintendências Regional da instituição no Amazonas, Pará, Roraima e Maranhão para que as empresas beneficiadas com os créditos de DOF irregulares também sejam autuadas, multadas e suspensas as suas atividades.

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Edição: Jornal da Parnaíba
Fonte: Efrem Ribeiro/Meio Norte

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