
Na ocasião foram presas 22 pessoas, membros ou envolvidas com organizações criminosas especializadas no tráfico de drogas, roubos e assassinatos na região, sendo 15 em Parnaíba e dois em Buriti dos Lopes, dois em Sobral e dois em Fortaleza.
COMANDO DO TRÁFICO ERA EM PARNAÍBA
Segundo o Delegado da Policia Federal de Parnaíba, Marcos Costa, a família acusada de comandar o tráfico de drogas em Parnaíba (318 km de Teresina). Além do líder da quadrilha, José Araújo Miranda, conhecido por José Maria Cobra, foram presos a mãe Maria Araújo Miranda e o irmão Antonio Araújo Miranda. O outro membro da família, Aderson Araújo Lima, não estava no momento da ação e está foragido. Outro membro importante está foragido, Ângelo Safanele, que reside em Luis Correia é acusado de homicídio e João Carlos, conhecido como Cabeção.
RAMIFICAÇÕES EM SÃO PAULO, FORTALEZA E SOBRAL
Em São Paulo, ainda está sendo procurado um casal acusado de fornecer a cocaína para Parnaíba. "Não estamos prendendo só a mula, que transporta a droga, mas aqueles que fornecem também", declarou o delegado Marcos Costa. A Polícia tem informação de que no dia 6 de junho esse casal mandou 15 kg de cocaína para Parnaíba.
A INVESTIGAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL
"Demoramos oito meses em investigações antes de deflagrar a ação. Essa quadrilha era muito organizada. Eles tinham a pessoa responsável pelos homicídios, a pessoa que fazia a segurança, tinha muitos braços", afirmou o delegado Marcos Costa.
Após um trabalho silencioso de oito meses de investigações, a Polícia Federal em Parnaíba monitorou as rotas de entrada de drogas da maior quadrilha de traficantes da região, liderada por José Araújo Miranda, mais conhecido por Zé Maria Cobra. A Polícia Federal afirma que a quadrilha é responsável por vários assassinatos e roubos na região.
O superintende regional do Departamento de Polícia Federal no Piauí, Eriosvaldo Renovato Dias, disse que antes da “Operação Peçonha” ser deflagrada foi realizado um trabalho de forma silenciosa para adquirir elementos que comprovem a atuação da quadrilha.
A operação teve por objetivo cumprir 22 mandados de prisão e 27 de busca e apreensão. “Com essa operação tiramos de circulação, eu diria que, a maior quadrilha de tráfico de drogas da região. Certamente a sociedade do litoral piauiense terá mais tranqüilidade daqui pra frente”, declarou o superintendente Dias.
O delegado de Polícia Federal, Marcos Roberto, disse que foram monitorados três núcleos de entrada de drogas tendo como destino a pessoa de José Araújo Miranda. O primeiro núcleo de Sobral onde era enviada a droga via Chaval no Ceará, entrava por Luiz Correia e chegava finalmente até Parnaíba.
O segundo núcleo vinha de Fortaleza em um ônibus de linha normal, ou de carro. E o terceiro de São Paulo, capital, de onde foram apreendidos 15 quilos de cocaína. “Nós conseguimos monitorar essa quadrilha e conseqüentemente saber quem eram os seus fornecedores, como a droga chegava a Parnaíba. Fizemos a apreensão de algumas quantidades de drogas que eram enviadas para a quadrilha aqui ao principal traficante da cidade que era o Zé Maria Cobra e a partir daí nós traçamos o perfil do fornecedor da quadrilha de Parnaíba e a rota da droga”.
CRIME DO MANJUBA FOI DESVENDADO
Também foi revelado pela polícia os nomes dos autores do assassinato do Manjuba, que foi encontrado morto com um tiro na cabeça com as mãos e os pés amarrados o traficante Manjuba. O crime aconteceu na madrugada do dia 15 de maio, em uma vereda no quilômetro 17 da BR 343. Flávio Araújo de Moraes, 30 anos, mais conhecido por Manjuba que residia no Conjunto Betânia II, rua M, casa 02 era um dos mais perigosos traficantes da região. As pessoas conhecidas por Ângelo, Juninho, que já está preso e Valtinho, que segundo o delegado, são comparsas de “Cobra” e mataram por ciúme. As prisões que foram efetuadas são temporárias e tem validade de 30 dias por se tratar de crime hediondo. “Conseqüentemente iremos transformar essas prisões em prisões preventivas”, concluiu Roberto.
A QUADRILHA TINHA RAMIFICAÇÕES DENTRO DA POLÍCIA MILITAR
Segundo Polícia Federal, um sargento da Polícia Militar, Sargento Edvar Calixto foi pego nas gravações telefônicas mantendo contato por telefone com elementos pertencentes à quadrilha liderada pelo chefe do trafico em Parnaíba Zé Maria (Cobra), ele prestava serviço de segurança para a quadrilha, de acordo com declarações do Coronel Sidney, comandante do 2º Batalhão Major Osmar da Policia Militar do Piauí em Parnaíba, que acompanhou parte da “Operação Peçonha” na Delegacia da Policia Federal. O Sargento Edvar já foi encaminhado ao Batalhão de Policia onde ficará preso até a conclusão do inquérito policial e administrativo da corporação.
O PORQUÊ DO NOME “OPERAÇÃO PEÇONHA”?
Segundo o Superintendente da Polícia Federal o nome da operação foi batizada de "Peçonha" pelo fato de que o líder da quadrilha ter o apelido de "Cobra". Peçonha - é uma substância tóxica produzida e inoculada por aparato inoculatório presente no ser vivo produtor. Um exemplo é a peçonha de serpente.
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