quarta-feira, julho 15, 2009

A praia da Pedra do sal pode ser tragada pelas ondas do mar

Os barraqueiros da praia da Pedra do Sal reclamam da falta de solidariedade do poder público.
A comeciante espera há três semanas por ajuda, "o poder público aqui são nossos vizinhos". Dona Irene Reis é o retrato da desolação. Há exatos 23 dias ela e mais quatro barraqueiros da Pedra do Sal tiveram as barracas destruídas pelas ondas do mar.
A ressaca durou três dias. Tempo suficiente para fazer desabar toda a estrutura do "O Sossego" que ela, o marido e uma filha levaram um ano para levantar. “Sou recente aqui. Sou maranhense, mas morei a vida toda em Manaus. Escolhi o Piauí para viver e trabalhar”, disse num misto de tristeza e revolta.
Mesmo com a barraca semi-destrída ela e os outros barraqueiros abrem todo dia para atendimento ao público, mas os clientes passam olham, mas não param. Com isso o faturamento despencou. Dona Irene faturava até R$ 1.200,00 livres por mês. “Este mês ainda não faturei R$ 200,00. Tem dia que a gente não vende nada. E é daqui que tiramos o pão nosso de cada dia”, revela. Os Bombeiros e a Prefeitura só apareceram no local quinze dias depois da ressaca do mar. Os bombeiros orientaram dona Irene a abandonar a barraca. “Mas, como se aqui é também a minha casa?”, questiona.
Do Bar "Cantinho da Amizade" só restou a estrutura dos banheiros.
Hoje onde não faltam problemas, sobra solidariedade. Da barraca de dona Raimunda Nonata, só ficaram de pé as paredes dos banheiros. O resto foi abaixo. O freezer dela está guardado na barraca de dona Irene. “A gente é pobre mais tem coração. Eu ajudo ela e ela me ajuda”, justifica.
Dona Dulcilene Martins de Oliveira é outra que também sofre o a destruição provocada pelas ondas do oceano atlântico que avançam a cada ano sobre o continente. No bar a clientela também sumiu. “Olha, hoje só aparecem aqui os amigos. O turista mesmo, não tem coragem de encostar e consumir”, lamenta.
A ressaca não pegou os barraqueiros de surpresa.As famílias foram alertadas pelo oceanógrafo Luis Roberto, da empresa Ecocity, mas ninguém acreditou. As autoridades acreditam que outra revolta das ondas deve acontecer entre os dias 23 e 28 deste mês. A violências águas arrancou os bares pelo alicerce.
O superintendente do Ibama no Piauí, Romildo Mafra, visitou a Pedra do Sal no último sábado. Ele ficou impressionado com o que viu. “O avanço da maré na região é preocupante. Situação parecida ocorreu na praia de Macapá, onde uma pousada foi engolida pelas águas. Mas as providências deverão ser tomadas pela prefeitura de Parnaíba. O Ibama dará apoio nas medidas”, disse Mafra. A nova avenida da orla da Pedra do Sal.
Segundo o secretário de Comunicação do Município, “a Prefeitura vai construir a partir de amanhã barracas temporárias, para amenizar o sofrimento dos barraqueiros. Mas, há um projeto de construção das barracas da nova orla. A licitação deve ocorrer ainda este mês”.
A avenida com a Usina Eólica podem ser uma das futuras vítimas da ressaca do mar. A Prefeitura já investiu R$ 2,7 milhões na nova orla com a construção de uma avenida com pista dupla de 1,5 quilômetros de extensão, iluminação pública e estacionamento e se nada for feito para conter a violência das ondas, tudo isso pode ser tragado pelo mar. A violências águas arrancou os bares pelo alicerce, ali só tem uma coisa segura, as pedras da onde fica o falral.
O superintendente do Ibama no Piauí, Romildo Mafra, visitou a Pedra do Sal no último sábado. Ele ficou impressionado com o que viu. “O avanço da maré na região é preocupante. Situação parecida ocorreu na praia de Macapá, onde uma pousada foi engolida pelas águas. Mas as providências deverão ser tomadas pela prefeitura de Parnaíba. O Ibama dará apoio nas medidas”, disse Mafra.
A nova avenida da orla da Pedra do Sal Segundo o secretário de Comunicação do Município, “a Prefeitura vai construir a partir de amanhã barracas temporárias, para amenizar o sofrimento dos barraqueiros. Mas, há um projeto de construção das barracas da nova orla. A licitação deve ocorrer ainda este mês”.
Com informações de Douglas Ferreira / portalaz

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