
Pedro Brito, que veio acompanhando a ministra-chefe da Casa Civil da Presidência da República, Dilma Rousseff, informou que a decisão de concluir o Porto de Luís Correia é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atendendo reivindicação levada pelo governador Wellington Dias. O ministro reconheceu que a obra, paralisada desde 1980, é um sonho secular dos piauienses e finalmente se transformará em realidade daqui a 18 meses.
Segundo Pedro Brito, a União já investiu, desde o princípio das obras, em 1976, o equivalente a R$ 390 milhões, incluindo a construção do mole de proteção e de parte do cais. A conclusão do porto, portanto, vai abranger a construção, orçada em R$ 54 milhões, de um aterro de retaguarda, com 300mx100m de área, e a finalização do cais, que custará aos cofres públicos o correspondente a R$ 12 milhões.
Dragagem de manutenção
Além das obras de conclusão do porto, já licitadas e contratadas, haverá uma operação de dragagem de manutenção, avaliada em mais R$ 10 milhões, que permitirá inicialmente a atracação de embarcações com até sete metros de calado. Numa segunda etapa, a dragagem produzirá um canal com 10 metros de profundidade, possibilitando a chegada de navios ainda maiores.
Muito aplaudido pelos participantes da reunião, o ministro da Secretaria Especial de Portos anunciou que, após a conclusão da histórica obra, o Governo Federal iniciará um processo de ampliação, com a construção de um segundo berço para atracar navios, com 200 metros de extensão. Dessa maneira, chegarão os transatlânticos cheios de turistas e isso fará com que o porto receba não só navios de cargas.
O projeto inclui a construção de um terminal pesqueiro, com equipamentos para processar pescado e outros frutos do mar, como camarão. Haverá ainda espaço e instalações para armazenar containeres frigorificados, necessários à exportação de frutas, por exemplo. Outro aspecto lembrado por Pedro Brito se refere ao recebimento dos derivados de petróleo consumidos pelo Estado do Piauí, que anualmente consome cerca de 500 mil toneladas de combustíveis.
Ferrovia Luís Correia/Teresina
Um parque de tancagem vai viabilizar a chegada da gasolina e do óleo diesel, que hoje desembarca no Porto de Itaqui, em São Luís (MA), e é trazido em caminhões-tanque ou através de ferrovia até Teresina. Com a conclusão do porto piauiense - e o respectivo desembarque marítimo dos derivados de petróleo -, haverá uma grande economia em relação ao pagamento do frete dobrado, para transportar os combustíveis de São Luís a Teresina.
Com isso, outra obra será realizada, garantiu o ministro. Trata-se da reativação da ferrovia ligando Luís Correia a Teresina, desativada na década de 80. Essa ferrovia seria, portanto, usada para transportar até a capital os combustíveis desembarcados no porto. De acordo com Pedro Brito, essa ferrovia, outra reivindicação histórica dos piauienses, seria, portanto, viabilizada economicamente pela operacionalização do porto.
Ccom
Nenhum comentário:
Postar um comentário