
A cúpula do PMDB se reuniu na manhãdesta segunda-feira (06/07) no gabinete da presidência da Assembleia para tratar sobre o caso Mão Santa. O senador, neste final de semana, apresentou proposta de chapa majoritária para as eleições de 2010.
Em entrevista exclusiva publicada sábado no 180graus, ele defende chapa formada, "dos seus sonhos", como candidato a governador, pelo senador João Vicente Claudino (PTB). O vice seria Firmino Filho (PSDB), enquanto para o Senado seriam ele próprio e Heráclito Fortes (DEM).
Os deputados se reuniram e tomaram a decisão de conversar com o senador para que ele se defina sobre a situação em que se encontra. De acordo com eles, ou Mão Santa apoia a indicação do partido ou então deve procurar outra agremiação para se filiar.
Participaram do encontro os seguintes peemedebistas: Marcelo Castro, Themístocles Filho, Warton Santos, Mauro Tapety, João Mádison Nogueira, Ana Paula, Antonio José Moraes Souza. O deputado Kleber Eulálio não se encontrava por estar em compromissos da Secretaria de Governo, da qual é titular.
O presidente da Assembleia, deputado Themístocles Filho, lamentou que o senador tenha adotado tal postura. Segundo ele, Mão Santa costuma recorrer a esse tipo de expediente, ou seja, se posicionar contra as pretensões do partido.
O parlamentar afirmou que em 2001, logo após a cassação do governo, o PMDB discutiu a possibilidade de lançar a candidatura do então deputado federal João Henrique Sousa para governador no ano seguinte.
Naquele ocasião, Mão Santa apontou a candidatura de Firmino Filho e conseguiu aprová-la na convenção peemedebista. "O senador Mão Santa sempre pensa diferente dos seus partidários", afirmou Themístocles.
O deputado Marcelo Castro manifestou indignação com o posicionamento do senador Mão Santa. Mão Santa declarou que o senador João Vicente Claudino seria o melhor candidato a governador em 2010. Para o deputado e pré-candidato a governador pelo PMDB, o senador Mão Santa passou dos limites.
"Se ele está cansado de permanecer no PMDB, a porta da rua é a serventia da casa. Não está certo esse negócio da gente ficar alisando o Mão Santa o tempo inteiro e depois ele vir a público nos repudiar."
Castro ressaltou que o partido quer a permanência do senador, mas não vai aceitar que ele fique bancando o charmoso. "Vamos deixar de boemia, de charme, de conversa. Todo dia ele tem uma piada. Por que ele não tira uma brincadeira positiva para nós?"
O deputado Antonio José Moraes Souza Filho, sobrinho do senador, declarou que é homem de partido. "Ele (Mão Santa) foi bastante infeliz em seu posicionamento." Moraes Filho pondera que o tio deve ficar ao lado dos seus partidários.
Através de sua assessoria, o senador estranhou a decisão de setores do PMDB contra suas declarações. Ele afirma que também ficou chateado com o posicionamento de deputados do seu partido que, em 2006, mesmo a legenda tendo candidato próprio optaram por apoiar a candidatura reeleitoral do governador do estado.
180graus
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