
O promotor do município de Cocal, Mauricio Gomes, teve sua residência em Parnaíba, arrombada no final de semana, e levaram tão somente documentos e um notebook, deixando para trás filmadora, DVD, TV de LCD, jóias e outros objetos de valor. Ele disse que isso é estranho, mas informou que não atrapalha em nada as investigações e os procedimentos que estão sendo feitos em Cocal, por conta da enxurrada provocada pelo rompimento da barragem Algodões I. A Polícia Federal foi convocada para abrir investigações e apurar responsabilidades. Foi feito um registro de ocorrência também no distrito policial de Parnaíba, e o delegado Fernando Silva está à frente das investigações. Segundo Maurício Gomes, uma filha sua mora e estuda em Parnaíba, por isso mantém a casa lá.
O imóvel foi arrombado no final de semana e vasculharam tudo, tinha vários objetos de valor, mas se ativeram apenas a documentos e um computador que estava numa pasta funcional do Ministério Público. "É claro que há suspeitas e causa estranheza este tipo de ação, mas foi identificado que houve um direcionamento e levaram a bolsa padrão que utilizamos no Ministério Público. Felizmente os autos, os depoimentos que subsidiam o processo sobre a situação de Cocal, não estavam em minha casa. Eu sempre levo, mas desta vez, ficaram na Promotoria", informou o promotor.
As investigações envolvem exame de papiloscopia para identificar as impressões digitais dos invasores da residência do promotor Maurício Gomes. "ainda bem que não tinha ninguém em casa na hora deste acontecido. E isso não atrapalha em nada o trabalho que estamos fazendo em Cocal. Os procedimentos estão preservados", adiantou Maurício Gomes, falando por telefone, quando conversava com o delegado que investiga o caso.
Maurício Gomes de Sousa é o promotor que investiga os fatos acontecidos na barragem de Algodões I, que vitimou milhares de pessoas. Vários promotores se solidarizam com o promotor e consideraram o atentado intimidatório contra a liberdade funcional. "Esta é uma atitude estranha e suspeita", disseram alguns promotores.
Maurício encaminhou oficio ao Ministério Público, à Polícia Federal e ao Conselho Nacional do Ministério Público pedindo auxílio para os trabalhos por se sentir ameaçado.
Diario do Povo/PI
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