domingo, fevereiro 15, 2009

A agonia do Rio Parnaíba

As recentes reportagens em rede nacional vêm chamando a atenção a respeito da ‘morte’ do rio Parnaíba, que aos poucos está sendo soterrado. Apesar disso não vemos em nosso estado nenhum movimento eficiente para salvar o rio dessa tragédia.
Com águas que banham os estados do Piauí e do Maranhão, um dos rios mais importantes do nordeste brasileiro está morrendo por falta de políticas públicas para sua conservação.
A causa principal da destruição do rio é o desmatamento e a poluição, causando prejuízos a quem depende do Parnaíba para tirar o sustento. O rio serve como fonte de renda e de alimento a cerca de 100 mil famílias que vivem perto do lugar, tanto do lado do Piauí como do Maranhão.
Da nascente no Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaiba, localizados entre as Serras a Tabatinga e Chapada das Mangabeiras, na divisa entre os estados de Piauí, Bahia, Tocantins e Maranhão, até a foz onde fica o Delta do Parnaíba são 1,5 mil quilômetros. O assoreamento chama atenção na paisagem. As margens foram desmatadas e as poucas árvores que restam ameaçam cair.
O mesmo acontece com seus 18 afluentes, 9 do lado piauiense e 9 do lado maranhense, onde muitas cidades e povoados jogam seus dejetos nesse rios.
Cada vez mais largo e raso, com trechos em que aparecem imensos bancos de areia, é difícil acreditar que o rio Parnaíba já foi navegável há 30 anos. Hoje, é comum barcos e até pequenas canoas encalharem.
Segundo a Fundação Rio Parnaíba - FURPA, 85% dos esgotos de 49 cidades são despejados no rio sem nenhum tratamento, numa total irresponsabilidade. “Aqui só tinha peixe. Você plantava verdura nas margens dele e dava. Mas tudo está se acabando, diminuindo”, lamentou um pescador.

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