A
Operação Férias Segura, acontece de 01 a 31 de julho, em cidades com maior
fluxo de banhistas e embarcações.
Durante
o período de férias, o tráfego de embarcações aumenta significativamente,
principalmente na região do litoral piauiense e de cidades com rios e
balneários. Para tentar coibir a navegação de embarcações irregulares e
garantir a segurança dos banhistas, a Capitania dos Portos do Piauí está
realizando a Operação Férias Seguras, que acontece de 01 a 31 de julho.
Desde
que a operação foi iniciada, aproximadamente 200 embarcações já foram
abordadas. É o que explica o capitão da Fragata e comandante da Capitania dos
Portos do Piauí, Benjamin Dante Duarte. “Eu posso dizer que nesse período a
gente conseguiu abordar quase 200 embarcações. Nesse período, tivemos sete
notificações, sendo que em cinco embarcações foram apreendidas. Tivemos também
uma carteira de habilitação que foi apreendida e o indivíduo teve sua autorização
para conduzir suspensa por 60 dias”, comenta.
Ainda
de acordo com o capitão, o objetivo da Marinha não é punir os condutores das
embarcações, contudo, quando é observada uma situação onde o condutor tenta
burlar as leis e vai de encontro ao que está previsto as normas, colocando em
risco a segurança da navegação e a vida de outras pessoas, é preciso adotar
medidas punitivas, vez que o arcabouço jurídico resguarda a Marinha como agente
da autoridade marítima.
“Tivemos
dois incidentes de navegação onde foram abertos dois inquéritos para apurar: um
na área de Buriti dos Lopes e o outro na área do Porto dos Tatus. Estamos
apurando as circunstâncias e as causas desses acidentes. Acredito que as ações
de fiscalização sendo antecipadas refletem diretamente nisso. Os condutores das
embarcações sentem a necessidade de se regularizar e muitos deles cometem
irregularidades por falta de conhecimento”, pontua.
O
capitão Benjamin Dante Duarte cita ainda que, nesse período de férias, os
locais onde mais se realizam ações são: em todas as praias de Luís Correia,
onde as ações de fiscalização são redobradas; na Lagoa do Portinho, que esse
ano teve um bom volume de água; a região da Ilha Grande de Santa Isabel, no
Porto dos Tatus, área que demanda uma maior atenção por ser um local com grande
fluxo de turistas e embarcações.
O
capitão Benjamin Dante Duarte comenta que a Capitania tem trabalhado para levar
mais informações aos condutores por meio dos canais de comunicação. Pelo Disque
Segurança na Navegação, através do número 0800 095 2844 é tirar dúvidas da
população e ajudar a Marinha com relação à movimentação das praias e locais de
banho.
“O
objetivo do Disque Segurança da Navegação é as pessoas nos ajudarem como se
fosse inspetores navais: você está numa praia, observa uma moto aquática em
alta velocidade próximo aos banhistas, então a pessoa pode nos comunicar. A
pessoa pode fotografar, filmar e nos ligar, fazendo uma denúncia, indica a praia,
a hora, de possível pega o número de inscrição da embarcação, as
características dela, que nós vamos apurar cada denúncia no local, se possível
no mesmo momento. Se não for possível no momento a gente abre um procedimento.
A população também tem que nos ajudar, porque a gente não consegue estar em
todos os locais, são 224 municípios, pois são várias praias e balneários”,
enfatiza.
Perfil
do navegante do Piauí
Ao
longo de um ano, o comandante da Capitania dos Portos do Piauí destaca que foi
possível mapear o perfil dos navegantes do Piauí, que não se difere muito de
Estados como Maranhão e Pará. Ele comenta que, em geral, os condutores assumem
a chamada “cultura de risco”.
“A
cultura do risco é aquele pensamento de que um acidente não vai acontecer com
ele porque já está há anos fazendo aquilo e, por já conhecer a área, por vezes
deixa de cumprir determinadas regras básicas das navegações como, por exemplo,
tem um número suficiente de coletes para todos os tripulantes e passageiros”,
cita.
Ter
a quantidade de coletes suficientes para todos os tripulantes é uma regra
básica da navegação, garantindo que evite mortes em caso de acidente. O capitão
Benjamin Dante Duarte chama atenção para este item e pontua que este tem sido
um trabalho diário realizado para Capitania dos Portos do Piauí, como forma de
conscientizar os condutores.
“Cada
embarcação tem sua característica e um tipo de condução, e o condutor precisa
se regularizar e fazer cursos. Há uma grande diferença entre navegantes
profissionais e amadores. Os profissionais são aqueles pescadores e eles têm
uma característica. Já os outros de esporte e recreio, de turismo náutico,
esses são os amadores. São duas vertentes diferentes que a gente procura
atender os dois, cada um tem suas características”, comenta.
Acidentes
registrados
O
comandante da Capitania dos Portos do Piauí, capitão Benjamin Dante Duarte,
lamenta os acidentes registrados pela Capitania, como o que envolveu uma balsa
de transporte de passageiros e carga, na cidade de Buriti dos Lopes, onde uma
Van subiu na balsa para fazer o transporte para a outra margem e a cair na
água. Até o momento não foi possível dizer as causas do acidente, mas a
Capitania está apurando o fato.
O
outro incidente foi a queda de um passageiro em uma embarcação de passeio de
turismo na região do Delta do Parnaíba. O passageiro caiu dentro da embarcação
e se machucou. O caso também está sendo investigado.
“É
uma coisa que temos que verificar quais foram as causas e as circunstâncias
para que possamos divulgar para a comunidade marítima um resultado e para que
eles possam saber o que aconteceu de errado e, assim, poderem se prevenir e
para que não ocorra novamente em outra embarcação. Temos essa percepção, de que
é possível aprender com os erros e não fazê-los novamente”, conclui o capitão
Benjamin Dante Duarte.
Por: Isabela
Lopes e Maria Clara Estrêla | Edição: Jornal da Parnaíba
Nenhum comentário:
Postar um comentário