Detidos nesta quinta-feira (29) evitavam detector
de metal e entregavam celulares e drogas para presidiários durante a madrugada.
Os agentes penitenciários presos nesta quinta-feira
(29) chegaram a arrecadar R$ 600 por semana facilitando a entrada de celulares
e drogas para detentos da Penitenciária Mista Fontes Ibiapina, em Parnaíba,
litoral do Piauí. A informação é do delegado Laércio Evangelista, responsável
pela Operação Penitentes. O delegado ainda informou que os agentes
passavam por fora dos detectores de metais para inserir drogas e celulares no
presídio.
Laércio Evangelista explicou que os agentes
penitenciários levaram as drogas e celulares durante os plantões que faziam na
unidade prisional. “Eles dizem que faziam o transporte de drogas e celulares
para dentro da penitenciária há mais de 3 anos. Em cada plantão eles contam que
ganhavam em torno de R$ 300”, comentou o delegado confirmando que como cada
agente fazia dois plantões por semana eles recebiam R$ 600 de presos.
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A entrada dos materiais proibidos acontecia,
segundo o delegado, quando os agentes penitenciários burlavam o detector de
metais na entrada da unidade prisional. “Eles passavam direto pelo detector de
metais com os celulares e a droga para repassar durante a madrugada para presos
que ficavam nos pavilhões”, relatou Laércio Evangelista sobre a entrega do
material pelos agentes para os presos. Não há uma estimativa de quanto em
drogas e celulares entravam no presídio pelo esquema.
Um dos agentes foi preso com R$ 150 ao sair do
plantão na Penitenciária Mista de Parnaíba. O delegado Laércio Evangelista não
descartou a possibilidade de que mais prisões possam acontecer. “A operação vai
continuar. Há outras prisões que ainda podem acontecer, dependendo do andamento
das investigações. São vários agentes de várias partes do Estado”, explicou. Os
presos serão transferidos para Teresina, sob a custódia da Secretaria de
Justiça, conforme informou o delegado Laércio Evangelista.
Entenda o caso
Nesta quinta-feira (29) foram cumpridos dois
mandados de prisão, três de busca e apreensão e um de condução coercitiva em
Parnaíba, Litoral do Piauí. Investigações iniciadas há um ano pelo Grupo de
Repressão ao Crime Organizado (Greco) comprovaram a facilitação realizadas
pelos agentes. O Sindicato dos Agentes Penitenciários do Piauí (Sinpoljuspi)
alegou não compactuar e que, ao contrário, repudia veementemente ações daqueles
que tenham relação de trabalho no sistema prisional e venham a praticar
qualquer tipo de crime.
Por Carlos Rocha/G1 | Edição: Jornal da Parnaíba
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