segunda-feira, abril 03, 2017

Presidente do Parnahyba contesta Fla-PI em denúncia: "Ele quer criar terror"

Batista Filho critica direção rubro-negra que acusa Tubarão de usar atacante Fabiano de forma irregular na semifinal do primeiro turno. "Está tumultuando o campeonato".

Presidente do Flamengo-PI, Tiago Vasconcelos, ameaça protocolar na FFP pedido de anulação da semifinal (Foto: Joana D'arc Cardoso)
A notícia da intenção do Flamengo-PI de cancelar a semifinal vencida pelo Parnahyba na semifinal do primeiro turno do Campeonato Piauiense foi mal recebida no litoral. O presidente do Tubarão, Batista Filho, condenou as declarações do mandatário rubro-negro, Tiago Vasconcelos, dadas no Bom Dia Piauí. Veja no vídeo acima. De acordo com o dirigente do Leão, o atacante Fabiano teria atuado de forma irregular ao ter acumulado três cartões amarelos na temporada. Batista rebateu a acusação classificou como irresponsável a atitude do dirigente do clube rival.

Presidente do Parnahyba critica postura do Fla-PI
em apontar irregularidade de jogar azulino
na semifinal  (Foto: Wenner Tito )
- Ele quer criar terror. Vejo como uma atitude irresponsável. Até o prazo para recorrer é de três dia antes da partida. Ai fica o cara provocando um tumulto desse. Ele diz que está defendendo o clube dele, mas está tumultuando o campeonato – declarou o presidente azulino.

Matéria relacionada: Por suposta escalação irregular, Fla-PI quer anular semifinal do turno.

Fabiano recebeu o primeiro cartão amarelo no campeonato na terceira rodada do turno, durante a partida entre Picos e Parnahyba, disputada na Cidade Modelo. Na rodada seguinte, o jogador recebeu dois cartões amarelos no duelo com o Piauí e, em seguida, o vermelho. Por conta da expulsão, o camisa 9 cumpriu suspensão automática na 5ª rodada.

Depois de cumprido o gancho, Fabiano voltou a jogar e foi novamente punido com um cartão amarelo, mas na 7ª rodada, no jogo entre Parnahyba e Flamengo-PI, no litoral. De acordo com o Leão, o jogador teria acumulado, nesta ocasião, o terceiro cartão amarelo na temporada e que forçaria uma nova suspensão. Contudo, Fabiano foi escalado no jogo seguinte, o da semifinal diante do próprio Flamengo-PI, em Teresina.

- O sistema da federação e da CBF acusa quando o jogador que está irregular. Não tem como jogar suspenso. Eu já liguei para o Tiago e conversei sobre isso e expliquei a situação. Ele está argumentando porque o regulamento tem um trecho no singular. Mas é totalmente claro – completou Batista Filho. 
Fabiano, atacante do Parnahyba (Foto: Renan Morais)
O sistema no qual o presidente azulino se refere se chama ProdFut, e foi desenvolvido pela FFP em 2014 e serve como instrumento de auxílio aos clubes. Porém, o regulamento do estadual prega que é de responsável das agremiações a contagem de cartões amarelos. Esse mesmo sistema é utilizado também para analisar punições, escalas de súmulas e dados estatísticos individualizados do clube (gols, vitórias, artilharias).

- No departamento técnico, se tivesse existido alguma irregularidade, o primeiro órgão a ser informado seria a Federação. O sistema é todo feito voltado ao regulamento. Então, se existisse essa irregularidade do Parnahyba, a própria Federação teria feito a denúncia, como foi o caso do Vitor Bafana, que o Altos colocou ele na final do ano passado com três cartões amarelos. É o mesmo caso. Mas é direito do Flamengo-PI questionar junto ao STJD – avaliou Anderson Sousa, diretor de registro da FFP. 

A cronologia de cartões de Fabiano no primeiro turno do Piauiense (Foto: GloboEsporte.com)
De acordo com o protocolo jurídico do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-PI), o Flamengo-PI precisa endereçar o caso à casa para ser avaliado o mérito da denúncia.
    
O procurador é quem fará o juízo de valor e, ao se constatar a veracidade da denúncia, ele junta os documentos do processo e encaminha para julgamento. Caso contrário, se não for verificada a infração apontada no documento, o procurador fará um pedido de arquivamento do caso.

O Flamengo-PI garantiu que vai protocolar a denúncia, nesta segunda, mas, de acordo com o presidente Luciano Benigno, o clube tem até 30 dias para isso contando a partir do dia que ocorreu a partida da suposta infração.

Por Globo Esporte | Jornal da Parnaíba

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