O Tribunal de Contas do Estado do Piauí (TCE-PI), em relatório
contundente, expõe mais um escândalo na saúde pública de Parnaíba.
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| TCE-PI revela suspeita de fraude milionária na saúde de Parnaíba e liga empresa contratada ao crime organizado – Foto: Reprodução |
O alvo principal das investigações é o prefeito Francisco Emanuel Cunha de
Brito, além de servidores da prefeitura ligados ao Fundo Municipal de Saúde.
Emergência “fabricada”
Os contratos emergenciais 367/2025, 388/2025, 440/2025 e 602/2025 foram
firmados sem licitação, sob a justificativa de “urgência” para garantir
medicamentos, insumos hospitalares, materiais odontológicos e fórmulas
especiais, mas, segundo os auditores do TCE, nada disso se sustenta.
Detalhes do relatório
O relatório afirma que a “emergência” foi provocada pela própria
gestão, que não planejou as compras, deixou licitações atrasarem e usou esse
atraso para justificar dispensas emergenciais milionárias.
Em outras palavras: cria-se o problema, declara-se emergência,
contrata-se sem licitação.
Contrato fantasma
O TCE-PI foi categórico ao afirmar em relatório que o contrato
388/2025, firmado com a empresa W2 Comércio de Medicamentos por R$
1.214.350,32, simplesmente não existe nos sistemas oficiais. Um contrato
milionário que não aparece em lugar nenhum.
Um apagão documental que levanta o alerta máximo de dolo. A situação
fica ainda mais nebulosa quando a auditoria descobre que duas empresas
diferentes, usando o mesmo nome, W2, mesmo endereço, mesmo ramo de atividade,
porém com CNPJs e sócios distintos, atuam na prefeitura.
O TCE suspeita de ser o que chamam de “empresa-espelho”, com
sucessão simulada, que vem a ser uma manobra para dificultar fiscalização ou possível
ocultação de irregularidades. Trata-se de um verdadeiro labirinto empresarial,
sugerindo direcionamento e falta de lisura na escolha dos fornecedores.
Empresa ligada ao tráfico
O relatório do TCE-PI revela algo ainda mais explosivo: a empresa Mais
Saúde Ltda, contratada por R$ 1.671.819,00, foi ALVO DA OPERAÇÃO BARÃO
VERMELHO, do GAECO, por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, receptação e
falsificação, mesmo assim, a atual gestão não apenas a contratou, como firmou
um dos maiores valores entre todos os contratos investigados.
A relatoria destaca que há materialidade e gravidade suficientes para
aprofundar a investigação, uma vez que há risco de superfaturamento, possível
direcionamento prévio, indícios de favorecimento, forte suspeita de empresa
laranja ou empresa-espelho, contratação de empresa envolvida em crime
organizado.
Foram citados para apresentar defesa o atual prefeito, Francisco Emanuel Cunha de
Brito, Andréia Rosário, Secretária Executiva do Fundo Municipal de Saúde, e
Janete de Araújo Santos.
Caso não comprovem a legalidade dos atos, poderão responder por
irregularidade grave, dano ao erário, perda da função pública, multa e
inelegibilidade.
O Lupa1 tem espaço aberto para que as partes possam se manifestar!
Confira o documento!
TC 010562 2025 RelPrel – P.M. Parnaíba – PI ok.pdf
(Fonte:Lupa1)

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